Home / negócios / Música e negócios: artistas exploram empreendedorismo paralelo

Música e negócios: artistas exploram empreendedorismo paralelo

Músicos empreendedores: palco e negócios no Brasil

No Brasil, estudos recentes mostram que o empreendedorismo musical se tornou essencial para muitos artistas. Uma pesquisa do Sebrae indica que talentos musicais buscam transformar seu dom em negócio, integrando produção artística, gestão financeira, marketing digital e parcerias estratégicas para gerar renda além dos palcos. O treino para essa nova realidade é essencial.

Por que artistas investem em negócios paralelos?

Artistas investem em negócios paralelos por diversas razões. Primeiramente, há a diversificação de renda: depender apenas de shows pode ser arriscado, sobretudo em períodos instáveis. Além disso, muitos músicos percebem que empreender permite controlar sua imagem pública, sua produção artística e obter autonomia criativa. Negócios próprios, como casas de eventos, marcas de merchandising, plataformas digitais ou estabelecimentos voltados à cultura, possibilitam que o artista não seja apenas um executante, mas também agente de seu próprio ecossistema.

Há também a questão do impacto cultural: a música que se une a projetos de entretenimento ou empreendimentos locais fortalece comunidades e ajuda a manter vivas identidades regionais. A tecnologia e as redes sociais facilitaram esse movimento, permitindo que artistas independentes produzam, distribuam e promovam seus próprios conteúdos com custos menores e alcance direto ao público. Um estudo com músicos empreendedores em João Pessoa encontrou evidências de que a lógica de effectuation (tomada de decisão flexível, experimentações, uso de recursos existentes) é muito presente nesse tipo de empreendimento.

Rafael Campelo: um exemplo de sucesso

Para Rafael Campelo, cantor e também empreendedor, investir em negócios paralelos é algo natural e estratégico. Ele afirma:

Ter meus próprios empreendimentos me dá liberdade para criar caminhos que façam sentido com quem eu sou como artista e como pessoa. O palco pode ser grande, mas o negócio é meu.

— Rafael Campelo, cantor e empreendedor

Sua experiência em Newark, à frente do Baladas Bar e do Baladas Lounge, exemplifica essa combinação entre arte e empreendedorismo com impacto real. Ele complementa:

Quando um espaço cultural funciona bem, ele é uma extensão do show, não apenas uma fonte de renda, mas um local de conexão.

— Rafael Campelo, cantor e empreendedor

Desafios e benefícios do empreendedorismo musical

Os desafios para quem escolhe esse caminho são diversos. Há a necessidade de planejamento financeiro, compreensão de gestão, logística, contratação e marketing. Muitos artistas não têm formação empresarial, o que pode resultar em prejuízos. Além disso, equilibrar o foco artístico com o comercial exige disciplina e a escolha criteriosa de parcerias. O cantor ressalta:

Não adianta investir em um negócio paralelo se isso atrapalhar a música ou quem me escuta. Meu objetivo é que os dois se reforcem, que a música alimente os empreendimentos e que eles me permitam continuar fazendo música com propósito.

— Rafael Campelo, cantor e empreendedor

Os benefícios, por outro lado, são consistentes e de longo prazo. Negócios bem estruturados garantem maior estabilidade diante das oscilações do mercado, ampliam o controle criativo e possibilitam a construção de um legado e de uma rede de oportunidades. Em muitos casos, esses empreendimentos acabam alcançando tanta relevância quanto a própria música, agregando valor à marca pessoal do artista.

Marcado:

Deixe um Comentário