IA traduz, mas inglês é essencial para carreira

Jovem estudando inglês com auxílio de IA

Imagem meramente ilustrativa.

Certamente você já ouviu sobre a influência da Inteligência Artificial no aprendizado da língua inglesa. Recentes avanços tecnológicos têm ocupado espaço nas discussões públicas, como o lançamento de ferramentas de tradução simultânea por IA pelo Google e pela Apple. Dentro desse contexto, surge uma dúvida legítima: o ensino de inglês corre o risco de se tornar obsoleto?

A importância do inglês além da tradução

A resposta é não. O ensino do inglês continua relevante e se torna ainda mais estratégico. O primeiro ponto que justifica essa afirmação tem a ver com a compreensão de que o domínio da língua estrangeira vai além da tradução e contempla aquisição de conhecimentos culturais, intenção na comunicação e compreensão das nuances linguísticas. Saber, de verdade, o inglês é ser capaz de compreender o mundo pela linguagem, algo que apenas os humanos são capazes de fazer.

Além disso, um ambiente – físico ou virtual – pensado pedagogicamente para estimular a proficiência da língua é um espaço de formação integral que promove interação humana significativa, desenvolvimento da escuta ativa e da fala espontânea, além de confiança para se comunicar em ambientes reais como entrevistas de emprego, reuniões e viagens, por exemplo.

O desenvolvimento de habilidades cognitivas, possível em uma situação real de aprendizagem, colabora para melhorar a memória de longo prazo, o raciocínio lógico, o pensamento crítico e criativo.

O mercado de trabalho e o inglês presencial

Tornando a reflexão mais prática, os movimentos de mercado mostram a relevância do aprendizado do inglês. Dados da Wise Up, rede de ensino de inglês voltada para o desenvolvimento profissional e pertencente ao grupo Wiser, mostram maior interesse da população pelo ensino formal presencial.

Desde 2023, a Wise Up já abriu mais de 100 novas unidades físicas e projeta inaugurar outras 60 por ano, mesmo após o boom dos cursos online durante a pandemia. O motivo da expansão está na necessidade de dominar a língua com foco no mercado de trabalho. Uma pesquisa recente realizada pela rede mostrou que 52% dos estudantes do curso de inglês na modalidade presencial buscam qualificação com foco em promoção, crescimento na carreira ou melhoria de desempenho no trabalho no Brasil e/ou no exterior.

A visão do mercado sobre a fluência em inglês

Essa não é uma percepção apenas dos alunos. O próprio mercado reforça essa tendência, apresentando algumas razões práticas:

  • Vagas em multinacionais continuam exigindo inglês fluente como critério básico de seleção.
  • Profissionais que almejam transferências internacionais, visto de trabalho ou bolsas de estudo precisam comprovar fluência por meio de exames como TOEFL, IELTS.
  • Em áreas como aviação, engenharia, tecnologia da informação, pesquisa e saúde, o inglês técnico é inegociável. Não há margem para “esperar a IA traduzir”.

Além disso, as escolas físicas têm apostado em experiências pedagógicas mais imersivas, que vão além da sala de aula tradicional. Esse tipo de vivência reforça soft skills, vocabulário aplicado e desenvolve a confiança para situações reais de comunicação.

Enquanto a tecnologia avança, a busca por fluência real segue crescendo — especialmente entre adultos que enxergam o inglês como um passaporte para oportunidades profissionais concretas.

— Sérgio Sant’Anna, Diretor de Operações e Franquias da Wiser Educação


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