Instagram: 15 anos impulsionando pequenos negócios no Brasil

Mulher sorrindo usando o Instagram no celular para promover seu pequeno negócio.

Imagem meramente ilustrativa.

Com 141 milhões de brasileiros conectados, o Instagram completa 15 anos no dia 3 de outubro. Consolidado como motor da economia digital brasileira, a plataforma se transformou em um canal central de negócios, marketing e geração de renda. Um levantamento da FGV/EAESP aponta que o Instagram, que começou com 500 mil usuários em 2012, superou a audiência de novelas históricas da TV Globo.

O impacto do Instagram na economia digital

A transformação econômica promovida pelo Instagram é evidente. Desde 2015, influenciadores profissionais criaram um novo ecossistema, gerando receitas milionárias para marcas e movimentando microeconomias digitais. Pequenas e médias empresas, especialmente as micro e startups, encontraram na plataforma uma vitrine de alcance nacional. Isso conecta produtos e serviços a consumidores antes inacessíveis.

Durante a pandemia de 2020, o impacto se intensificou. Lives de vendas, campanhas de divulgação e parcerias com criadores de conteúdo permitiram que negócios sobreviventes ampliassem receitas e ganhassem relevância em escala.

O Instagram transformou completamente o modelo de negócio das PMEs brasileiras. Hoje, um pequeno empreendimento ou uma marca de nicho consegue alcançar milhares de clientes potenciais com investimentos relativamente baixos, além de criar oportunidades de monetização direta via colaborações, anúncios e vendas diretas na plataforma. É uma ferramenta que junta divulgação, vendas e construção de marca em um só lugar e em tempo real, algo que antes só as grandes empresas conseguiam fazer.

— Lilian Carvalho, PhD em Marketing e coordenadora do Centro de Estudos em Marketing Digital da FGV/EAESP

Ferramentas e monetização

O cenário observado pelo Centro de Estudos em Marketing Digital da FGV/EAESP mostra que a relação da rede social com os negócios é um motor financeiro real. Ferramentas como Stories, Reels e integração de realidade aumentada ampliaram o engajamento e as possibilidades de monetização. Assim, micro e pequenas empresas constroem presença digital consistente e escalável.

Pequenas empresas que incorporaram estratégias de marketing digital e parcerias com influenciadores relataram aumento de vendas, expansão de mercado e fortalecimento de marca. Isso comprova a capacidade do Instagram de gerar valor econômico tangível.

Democratização da divulgação de produtos

Kályta Caetano, contadora especialista em MEI da MaisMei, avalia que a chegada de ferramentas de negócios em redes sociais populares democratizou a divulgação de produtos e serviços para os pequenos empreendedores. Além disso, ela simplificou essa prática entre pessoas que, antes, não sabiam como fazê-la.

A maior parte dos microempreendedores não tem recursos para investir em anúncios ou sequer possui familiaridade com sites voltados exclusivamente para anúncios e vendas. Antes, o comércio pela internet ficava restrito a esses espaços. Hoje, a maioria das redes sociais já possui espaços apropriados para o comércio e até mesmo mecanismos próprios de pagamentos, como é o caso do Instagram. Isso facilitou o trabalho de quem já tinha o costume de usar as redes para fins particulares.

— Kályta Caetano, contadora especialista em MEI da MaisMei

Recentemente, uma pesquisa realizada entre usuários da própria MaisMei mostrou que o Whatsapp é a ferramenta digital mais utilizada por MEIs para vendas e fechamento de negócios (83% dos entrevistados). O Instagram, citado por 48,52%, também tem forte protagonismo quando o assunto é atrair consumidores. Vale lembrar que as duas plataformas pertencem ao mesmo grupo (Meta) e podem ser utilizadas de forma vinculada.

O futuro das PMEs e o Instagram

Ao completar 15 anos, o Instagram mostra que é muito mais que uma rede social: virou um ambiente de negócios que abre portas, impulsiona vendas e ajuda micro e pequenas empresas a se destacarem no mercado digital brasileiro. Para Lilian Carvalho, o futuro das PMEs passa necessariamente pelo domínio de plataformas como o Instagram.

Ignorar essa economia de criadores é abrir mão de competitividade, inovação e geração de receita em um mercado cada vez mais digital e dinâmico.

— Lilian Carvalho, PhD em Marketing e coordenadora do Centro de Estudos em Marketing Digital da FGV/EAESP


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