WhatsApp consolida-se para pedidos no varejo, aponta pesquisa

Varejistas usando WhatsApp para pedidos

Imagem meramente ilustrativa.

Uma pesquisa recente da Yalo, realizada com mais de 170 varejistas e supermercadistas, revela a consolidação do WhatsApp como o principal canal para a realização de pedidos com fornecedores. De acordo com o levantamento, 39% dos entrevistados já utilizam o aplicativo para essa finalidade.

WhatsApp como ferramenta principal de compras

O estudo também aponta que, apesar da forte presença digital e da migração de promoções para o celular, o setor ainda enfrenta um grande gargalo na retaguarda. Cerca de 41% dos varejistas gastam mais de duas horas por semana em tarefas manuais de reposição. O material destaca a oportunidade de otimização através da automação, especialmente com o uso de IA, para aumentar a eficiência e agilidade na relação entre varejistas e fornecedores.

O WhatsApp se consolidou como principal canal de compras por parte dos varejistas com seus fornecedores. A ferramenta de compra, além de ligação ou e-mail, alcançou 39% dos lojistas e 26% utilizam nos pedidos via WhatsApp sugestões automáticas de reposição.

Isso é o que revela uma pesquisa realizada pela Yalo (plataforma inteligente de vendas), aplicada durante o APAS Show, com mais de 170 supermercadistas e varejistas de diferentes regiões do Brasil. Segundo o levantamento, cerca de 18% dos varejistas utilizam sites ou aplicativos para realização dos pedidos e outros 18% seguem no presencial.

Presença digital em diferentes estágios

A presença digital dos supermercados e varejistas aparece em estágios distintos. Quase metade, 44%, mantém website atualizado e redes sociais ativas. Enquanto isso, 34% reportam estratégia robusta em múltiplos canais, 14% têm website básico e 8% não possuem presença online.

Na relação com os clientes, 48% vendem por aplicativos de mensagem, 39% usam redes sociais e e-mail marketing para comunicação regular e 5% interagem apenas pessoalmente ou por ligação.

Promoções no celular e gargalos na retaguarda

As promoções também migram para o celular. Assim, 47% dos varejistas recebem ofertas personalizadas diretamente pelo WhatsApp, enquanto 26% ficam sabendo por e-mail ou grupos, 19% perguntam ao representante quando precisam comprar e 8% esperam o aviso do próprio representante — dinâmica que limita a cadência comercial.

O maior gargalo está na retaguarda, onde 41% gastam mais de duas horas por semana só com pedidos de reposição. Outros 30% gastam entre uma e duas horas, 20% menos de uma hora e apenas 9% afirmam ter processos altamente automatizados, com pouca intervenção manual.

A pesquisa confirma o que vemos no dia a dia. O celular virou a gôndola digital do varejista brasileiro. Quando atendimento, pedido e promoção acontecem no mesmo fluxo de conversa, a venda anda mais rápido e com menos atrito.

— Danilo Rocha, diretor de Vendas no Brasil da Yalo

Para ele, o próximo passo é atacar o tempo perdido na reposição.

Se 41% ainda dedicam mais de duas horas semanais a essa rotina, há ganho imediato ao automatizar recomendações, previsões de estoque e aprovação de pedidos dentro do próprio WhatsApp. O diferencial está em transformar a ferramenta no principal ponto de encontro entre indústria e varejo, como uma plataforma completa de compras, vendas, suporte e análise de dados.

— Danilo Rocha, diretor de Vendas no Brasil da Yalo

O executivo da Yalo ressalta que a expansão do uso de aplicativos de mensagem no varejo aponta para uma grande oportunidade de otimização na relação entre varejistas e fornecedores.

Ao invés de depender de métodos tradicionais, a indústria pode usar a digitalização para implementar soluções que automatizam a reposição de estoque com base em dados, personalizam promoções diretamente nos canais mais usados e integram todos os processos, desde a comunicação até o pedido. A automação, especialmente com o uso de IA, pode resolver o gargalo do tempo gasto em tarefas manuais, aumentando a eficiência e permitindo uma operação mais colaborativa e ágil, essencial para a transformação digital do setor.

— Danilo Rocha, diretor de Vendas no Brasil da Yalo


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