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Subjetividade na ciência: reflexões de Erica Lima

Erica Lima em palestra sobre subjetividade na ciência

O pesquisador, ao se lançar no campo da investigação científica, assume não apenas a função técnica de coletar dados, mas também o papel ético e político de interpretar realidades humanas complexas. Esse entendimento, segundo a pesquisadora e empresária Erica Lima, rompe com a ideia de neutralidade absoluta e coloca em evidência a importância da reflexividade: a capacidade de reconhecer como as próprias experiências, valores e escolhas influenciam o processo de investigação.

A importância da reflexividade na pesquisa científica

Para Erica Lima, a ciência não pode se afastar da realidade social, cultural e humana que a constitui. Ao contrário, é justamente a consciência desse envolvimento que garante mais consistência e legitimidade às pesquisas.

Todo pesquisador traz consigo filtros pessoais, culturais e sociais. Reconhecer isso não fragiliza a pesquisa, ao contrário: fortalece. É o que garante mais transparência, rigor e conexão com as pessoas e contextos que estudamos.

— Erica Lima, pesquisadora e empresária

Ciência, ética e polarização política

Ela destaca que esse debate se torna ainda mais urgente em um cenário marcado por polarização política e pelo excesso de informações circulando nas redes sociais. Pesquisadores que investigam temas sensíveis, como percepções sociais ou conflitos culturais, lidam com dados atravessados por valores e ideologias. Nesse contexto, a imparcialidade deve ser entendida como prática ética e de honestidade intelectual, não como ausência de subjetividade.

O papel do pesquisador como mediador consciente

Além disso, Erica Lima ressalta que a ciência não se resume à descrição, mas também envolve intervenção. Nesse sentido, o pesquisador não é um mero observador, mas um mediador consciente que articula ciência, ética e humanidade.

A ciência não é apenas descrição: é também intervenção. O pesquisador não é um espelho neutro, mas um mediador consciente, que articula ciência, ética e humanidade.

— Erica Lima, pesquisadora e empresária

Assim, reconhecer a subjetividade não significa abrir mão do rigor, mas ampliar o alcance social da ciência. Como reforça Erica Lima, é nesse equilíbrio entre método, ética e empatia que se constrói uma produção científica mais sólida e próxima da realidade.

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