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Expocine 2025 debate acessibilidade e inclusão no audiovisual

Pessoas conversando em evento sobre acessibilidade e inclusão no audiovisual na Expocine 2025.

A 12ª edição da Expocine, a maior convenção de negócios de cinema e audiovisual da América Latina, foi palco de discussões cruciais sobre acessibilidade e inclusão. O evento, que se encerrou nesta sexta-feira, dia 3, reuniu mais de 2.300 inscritos e ofereceu diversos painéis e oficinas para profissionais do setor.

Participantes da Expocine 2025
Foto: Larissa Trentini

Acessibilidade como prioridade

O último dia da Expocine trouxe à tona a importância de tornar o cinema um direito para todos os brasileiros. No auditório do Hotel Renaissance, o público acompanhou o painel “Tela Sem Barreiras: Audiovisual com Acessibilidade de Verdade”.

Para Marcella Fazzio, diretora da MAV, garantir a acessibilidade das produções audiovisuais e do cinema é uma responsabilidade compartilhada por toda a indústria. Ela enfatizou que a comunicação sobre os recursos disponíveis precisa ser reforçada em todos os setores, para que mais pessoas com deficiência tenham conhecimento sobre eles.

Estamos caminhando muito, mas também precisamos refletir sobre a comunicação e como estamos fazendo isso. Por exemplo, o produtor que está produzindo o seu filme, precisa considerar não só o produto final, a libras, audiodescrição e o closed caption quando esse produto está pronto, mas colocar também dentro do seu planejamento como é que vai comunicar o trailer e se ele vai ser acessível. Quando o exibidor colocar a programação no site ou nas redes sociais, sinalizar que aquele filme ou sessão conta com recursos de acessibilidade e suas orientações de acesso. É possível também falar do tema sem tecnologia, então fazer a autodescrição dos personagens e disponibilizar isso antes do filme, porque assim a pessoa com deficiência já vai ao cinema sabendo o que vai encontrar naquela produção. Muitas pessoas ainda não sabem que o cinema nacional tem essa preocupação e está disponibilizando esses recursos, então precisamos trabalhar neste chamamento de público.

— Marcella Fazzio, diretora da MAV

Iniciativas para inclusão e formação de público

Dando continuidade ao tema, o encontro “Cinema como Direito: Acesso, Inclusão e Formação de Públicos”, apresentado pela Spcine, encerrou a programação de painéis desta edição do evento. Autoridades da cidade de São Paulo apresentaram as iniciativas municipais que buscam tornar o acesso ao cinema mais inclusivo e acessível para todos os públicos, em diversas regiões da cidade, através das sessões oferecidas pelo circuito Spcine.

Precisamos dar protagonismo e precisamos mostrar para a pessoa com deficiência que ela existe. Que ela é um sujeito de direitos iguais. Não teria que ter lei para garantir direito para elas porque se a Constituição Federal fala que todos nós somos iguais perante a lei, todos nós temos direito ao lazer, ao esporte ao lar, mas sabemos que a gente ainda tem que trabalhar para oferecer as mesmas oportunidades para todos.

— Dika Vidal, Secretária Adjunta da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência (SMPED) da Prefeitura de São Paulo

Vitrine Filmes e lançamentos de 2025/2026

Ainda sobre a programação, a Vitrine Filmes abriu as apresentações das distribuidoras no Cine Marquise, trazendo os atores Thomás Aquino, de “O Agente Secreto”, e João Guilherme, protagonista de “O rei da internet”, filme previsto para março de 2026. Na sequência, Warner Bros. Pictures, Universal Pictures e Retrato Filmes apresentaram os lançamentos de 2025/2026 para os exibidores.

Brasil como janela para o mundo

Com o tema “Brasil, Janela para o Mundo”, a Expocine 25 promoveu conversas e debates sobre o momento histórico do cinema brasileiro. O evento se consolidou como uma vitrine e abriu oportunidades para o crescimento do setor audiovisual no país e na América Latina. Durante os quatro dias, foram mais de 2.300 inscritos, 25 expositores, 23 patrocinadores, 30 apoiadores, 14 distribuidoras apresentando conteúdo, três exibições exclusivas, 15 painéis de discussão e cinco oficinas, totalizando mais de 40 horas de conteúdo.

Sobre a Tonks

O Grupo Tonks, criado em 2006 por Marcelo J. L. Lima, nasceu como uma consultoria de tecnologia e soluções digitais para as principais redes exibidoras do país. Com o objetivo de ampliar seu portfólio, a empresa fundou a Revista Exibidor, a Expocine e o Cine Marquise, espaço dedicado a uma programação versátil para todos os fãs de cinema.

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