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HackaNAV 2025 premia escolas inovadoras; veja os vencedores

Escolas vencedoras do HackaNAV 2025 comemoram premiação em São Paulo.

A terceira edição do HackaNAV, a maior competição de inovação educacional do Brasil, premiou neste sábado (4) as três escolas que apresentaram os melhores projetos na grande final do evento. A final, realizada em São Paulo, reuniu dez escolas finalistas das cinco regiões do país. Uma banca de jurados analisou a execução de projetos focados no tema “Combate a ondas de calor”, desenvolvidos ao longo do dia.

O colégio Veratz, de Catalão (GO), conquistou o primeiro lugar. O prêmio para a equipe vencedora é uma viagem ao Space Center da NASA, em Houston, nos Estados Unidos, onde os alunos farão uma imersão em ciência, tecnologia e inovação. O segundo lugar ficou com o Colégio Nossa Senhora da Luz, de Salvador (BA). Já o terceiro posto foi para o Colégio e Curso Desafio, de Recife (PE).

Criado para alunos de 8º e 9º ano de escolas parceiras do programa Nave à Vela, da Arco Educação, o HackaNAV mobilizou mais de 4 mil estudantes de todo o país, resultando em 151 projetos de impacto. A iniciativa impulsiona o desenvolvimento de soluções autorais para desafios reais com inovação, criatividade e propósito.

Incentivo ao pensamento crítico e à tecnologia

Antes do anúncio do resultado, Heitor Martins, vice-presidente da ArcoPlus, reforçou que todos os projetos são vencedores. “É o trabalho conjunto, que une inteligências humana e artificial em busca de um propósito único e permite que se chegue a resultados incríveis. Todos os projetos apresentados são prova disso”, afirmou.

“Com o HackaNAV, queremos estimular o pensamento crítico e o letramento na área de tecnologia, para a construção de um futuro dinâmico e mutável. Os projetos exploram diversas possibilidades de mundo, motivando também o desenvolvimento de habilidades socioemocionais, de colaboração e coletividade”.

— Nathália Coutinho, head de Marketing da Arco Educação

De Goiás para a NASA

As escolas foram desafiadas a propor soluções para a cidade fictícia ‘Solárida’, que enfrenta problemas com temperaturas severas. A escola vencedora, Veratz, apresentou o projeto “Coolpack”, uma mochila inteligente, equipada com sensores de temperatura e frequência cardíaca, além de umidificador de ar. Para construir o protótipo, a equipe usou arduino, micro bit, ventoinha, entre outros materiais.

“É muita felicidade saber que todo nosso esforço foi reconhecido e agora vamos para a Nasa. Nunca imaginei que isso seria possível, mas sempre foi um sonho. Será a minha primeira viagem para fora do Brasil. Todo o esforço valeu a pena.”

— Augusto Simões, 14 anos, capitão da equipe e aluno do Veratz

A equipe também é composta por Camila Honório, Miguel Gomes de Oliveira e Gustavo Henrique Barbosa.

Leandro Hall, professor que coordenou a equipe do Veratz, disse que os alunos “vieram com sede de primeiro lugar”. Além disso, ele completa: “Se não fosse o empenho dos alunos em buscar novos conhecimentos, nada seria possível. É o amor que nos move como educador. A educação compensa e tem o poder de mudar toda a estrutura”.

Foco ambiental e no combate às catástrofes

Para garantir vaga na grande final, as escolas desenvolveram projetos dentro do tema: “Criatividade no combate às catástrofes”. As iniciativas foram divididas em cinco eixos: prevenção de catástrofes; monitoramento de riscos, socorro em situações de desastre, reconstrução após desastres e educação científica e combate à desinformação.

“Privilegiamos temas que estão conectados com o que está sendo discutido na sociedade. Este ano temos COP30 na Amazônia, e, para além dessa agenda, o combate a desastres naturais é uma questão permanente, que precisa ser endereçada de forma estrutural.”

— Nathália Coutinho, head de Marketing da Arco Educação

Um dos principais objetivos da iniciativa é extrapolar conhecimentos da sala de aula, motivando a aplicação de conteúdos de física, biologia e tecnologia em soluções de problemas do dia a dia, que considerem catástrofes ou vulnerabilidades das próprias cidades.

Diversos projetos foram realizados em parceria com órgãos locais, como Defesa Civil, Bombeiros, ONGs e Prefeituras, com a missão de dar protagonismo aos jovens como agentes de mudança na resolução de problemas que impactam suas comunidades. A ideia do movimento é fortalecer o conceito de educação científica em rede: com escolas, famílias e sociedade conectados em torno da inovação.

Para o futuro, a ideia é expandir a iniciativa. “Temos atualmente mais de 500 escolas parceiras no Nave à Vela, e o objetivo é aumentar cada vez mais nosso alcance. Queremos diversificar parceiros, nos âmbitos público e privado, para ampliar espaços de visibilidade e o poder de voz dos alunos”, finaliza Coutinho.

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