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Apura Cyber Intelligence reforça atuação em cibersegurança

Logo da Apura Cyber Intelligence com cadeado digital sobreposto.

A empresa brasileira de cibersegurança Apura Cyber Intelligence reforçou seu envolvimento na cibersegurança internacional. A empresa contribuiu com dados e foi citada em um artigo publicado pela especialista uruguaia Graciela Martínez, líder do LACNIC CSIRT, sobre o maior ataque cibernético já registrado contra o sistema financeiro do Brasil. O texto traz à tona, para o público internacional, o incidente de cibersegurança bilionário que comprometeu a infraestrutura crítica da C&M Software (CMSW), uma fornecedora autorizada pelo Banco Central brasileiro.

Entenda o ataque à C&M Software

No dia 30 de junho, a CMSW, responsável por serviços essenciais ao sistema financeiro, foi alvo de um ataque sofisticado. O grupo criminoso explorou vulnerabilidades e, sobretudo, práticas de engenharia social para desviar do fundo reserva de diversos bancos valores que podem chegar a bilhões de reais por meio do sistema de pagamentos instantâneos PIX. Especialistas agora classificam o episódio como um divisor de águas na cibersegurança nacional.

Em seu artigo, Graciela Martínez utilizou o relatório detalhado conduzido pela Apura para analisar o impacto e a complexidade do crime. Entre as principais conclusões, destaca-se que os riscos não se limitam a falhas técnicas. A exploração de colaboradores internos, pontos frágeis na cadeia de suprimentos e a má gestão de credenciais sensíveis se mostraram tão perigosos quanto as vulnerabilidades tecnológicas.

A necessidade de revisão e atualização constante

A magnitude do ataque sugere a necessidade de revisão urgente do modelo de dependência de fornecedores. Além disso, reforça a importância da segmentação de riscos e da atualização constante de padrões de segurança.

Para Nilson Oliveira, COO da Apura, a cooperação internacional é fundamental, pois o incidente no Brasil certamente abre margem para uma análise mais ampla em termos de cibersegurança no meio financeiro. Em seu perfil no LinkedIn, o executivo afirmou:

Concordo que os riscos se amplificam quando combinados com engenharia social. Frente a esse cenário, a união na América Latina é fundamental para fortalecer a defesa coletiva contra o cibercrime e proteger tanto o sistema financeiro quanto as cadeias de suprimento.

— Nilson Oliveira, COO da Apura

A visão de Graciela Martínez sobre a segurança digital

A propósito, a própria Graciela Martínez reforça:

A digitalização do sistema financeiro e da cadeia de suprimentos traz enormes benefícios, mas também novos riscos, que podem ser potencializados quando combinados de forma efetiva com a engenharia social. Estamos aplicando as medidas de prevenção adequadas? Temos sistemas de correlação de eventos que nos permitam um monitoramento proativo e efetivo? Estamos preparando nosso pessoal para assumir de forma efetiva a responsabilidade de proteger os ativos de informação da organização?

As lições extraídas do caso impõem um questionamento importante ao setor: estamos preparados para responder e prevenir ataques desse calibre? Os desafios lançados vão além das barreiras tecnológicas e exigem preparo humano, monitoramento proativo e colaboração intensa entre instituições.

Essa demanda por cooperação mostra-se não só urgente como indispensável, uma vez que o crime cibernético não conhece fronteiras. A experiência da Apura e o diálogo promovido pelo artigo de Graciela Martínez reforçam a importância do networking global entre agentes de cibersegurança. Entender como os cibercriminosos atuam em diferentes países não apenas fortalece os mecanismos de defesa locais, mas eleva os padrões globais de proteção digital, reduzindo vulnerabilidades sistêmicas.

O futuro da segurança digital

O futuro da segurança digital depende, cada vez mais, da construção de redes colaborativas internacionais dispostas a compartilhar informação, inteligência e boas práticas. Só assim será possível enfrentar, de igual para igual, um inimigo cada vez mais sofisticado e sempre além das fronteiras.

Sobre o LACNIC CSIRT: A instituição realiza funções de coordenação necessárias para fortalecer as capacidades de resposta a incidentes relacionados aos endereços da Internet da América Latina e do Caribe, no âmbito dos objetivos específicos estabelecidos pela missão do LACNIC, com vista a atingir o fortalecimento constante de uma Internet segura, estável, aberta e em contínuo crescimento.

Mais informações: https://apura.com.br/

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