Ver pequenos negócios se perdendo no silêncio digital incomodava Sarah Martorelli. Assim, a bióloga com experiência em branding criou o Fredy, startup que atua como “dono do marketing” de pequenas e médias empresas, democratizando o acesso a ferramentas de comunicação e vendas.
A visão por trás do Fredy
“Eu via empreendedores cheios de talento e ideias incríveis, mas que não conseguiam transformar isso em presença digital consistente. Faltava tempo, equipe e recursos. Eu sabia que podia ajudá-los de uma forma que fosse prática, acessível e estratégica”, conta a fundadora.
À frente da Elli.lab, Sarah já trabalhava com projetos de branding e marketing estratégico. No entanto, ela sentia a necessidade de ampliar o alcance do seu trabalho.
“Meu maior desafio era escalar o impacto do trabalho sem perder a essência do que entregava. Foi assim que surgiu a ideia do Fredy e consegui unir estratégia, tecnologia e acessibilidade”, explica.
Ela reforça que a criação do Fredy veio da observação das dificuldades dos empreendedores. “Mais do que apenas entregar posts ou campanhas, é preciso entender os negócios, dar voz às suas histórias e ajudá-los a crescer de forma consistente. É gratificante ver empreendedores que antes se sentiam invisíveis, agora alcançando resultados reais.”
Do insight à solução: a criação do Fredy
O desenvolvimento da plataforma levou cerca de dois anos. Lançada em 2023, a primeira versão do Fredy foi totalmente financiada com recursos próprios.
“Batizei a plataforma de Fredy, uma referência ao termo ‘friendly’, porque queria que fosse realmente um parceiro próximo do empreendedor. Ele combina inteligência artificial com estratégias de branding e vendas para organizar toda a comunicação”, explica a empreendedora.
Ainda de acordo com Sarah, o Fredy oferece, em um único ambiente, identidade visual, conteúdo pronto e agendado, campanhas promocionais, atendimento automático e integração com redes sociais e WhatsApp. “É como ter alguém que entende o seu negócio e entrega resultados estratégicos, sem complicação”, completa.
Empreendedorismo feminino em startups
A trajetória de Sarah Martorelli se alinha a um movimento crescente no ecossistema de inovação. Segundo o Startup Report Brasil 2024, a participação de mulheres fundadoras de startups no país saltou de 8,65% em 2023 para 30,18% em 2024. Em Santa Catarina, o Sebrae Startups Report 2025 também indica um aumento da presença feminina entre fundadoras.
“O empreendedorismo feminino não é apenas uma estatística. Cada vez mais mulheres estão trazendo diferentes experiências, formações e visões de mercado. Isso enriquece o ecossistema e fortalece o impacto de soluções inovadoras, como o Fredy. Quero inspirar outras mulheres a transformarem conhecimento em oportunidade real”, afirma Sarah.
Impacto e próximos passos do Fredy
O Fredy se adapta a diversos nichos e está disponível em planos mensais, semestrais e anuais. A startup opera de forma digital, com colaboradores em modelo remoto e híbrido, atendendo clientes em todo o Brasil.
“O que mais me orgulha é ver que o Fredy está ajudando pessoas que antes se sentiam perdidas no marketing. Hoje, elas conseguem se comunicar de forma estratégica, entender seus clientes e aumentar vendas. É transformador ver empreendedores recuperando a confiança e conquistando resultados que pareciam impossíveis”, conta Sarah.
Sarah afirma que o foco agora é escalar. “Estamos aprimorando funcionalidades, ampliando parcerias e aplicando inteligência para que cada empreendedor tenha uma experiência personalizada. Quero que o Fredy continue sendo uma ponte entre talento e estratégia, tornando o marketing acessível a quem mais precisa”, conclui.