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Expansão para os EUA: a escolha de empresários brasileiros em 2026

Expansão para os EUA: a escolha de empresários brasileiros em 2026

Com a crescente busca por previsibilidade e a internacionalização em ascensão, muitos empresários brasileiros estão considerando expandir seus negócios para os Estados Unidos em 2026. Dados recentes do Department of Commerce indicam um aumento de 18% no número de empresas com participação brasileira nos EUA em 2024, totalizando 1.200 novos registros apenas no último ano. Essa tendência reflete uma estratégia para mitigar riscos e assegurar acesso a crédito e estabilidade jurídica, fatores que ainda representam desafios no ambiente empresarial brasileiro.

A busca por previsibilidade nos negócios

Fernanda Spanner, CEO da Spanner Consulting Group e especialista em estruturação de empresas nos Estados Unidos, explica que essa migração de capital e operações resulta de uma análise racional de longo prazo. Ela destaca a importância da previsibilidade que o ambiente americano oferece.

Não é apenas uma questão de custo ou status. O empresário busca previsibilidade. Nos Estados Unidos, as regras são claras, os contratos são respeitados e o ambiente de negócios é estável. Isso muda completamente a forma como se toma decisão.

— Fernanda Spanner, CEO da Spanner Consulting Group

Crédito facilitado e juros menores

A facilidade na concessão de crédito também é um ponto crucial. Nos Estados Unidos, o sistema de credit score, baseado no histórico financeiro pessoal e empresarial, possibilita o acesso a empréstimos e financiamentos com juros mais baixos. No Brasil, o crédito para pequenas e médias empresas ainda enfrenta entraves burocráticos e altas taxas.

Um levantamento do Banco Mundial (Doing Business) revela que o tempo médio para obter crédito empresarial nos EUA é 60% menor do que no Brasil. Além disso, as garantias exigidas são geralmente menos onerosas.

Segurança jurídica como diferencial competitivo

Além dos custos operacionais, a segurança jurídica exerce um papel significativo. O World Justice Project posiciona os Estados Unidos em 26º lugar no ranking global de Estado de Direito, enquanto o Brasil ocupa a 59ª posição. Essa disparidade se manifesta em maior estabilidade contratual e previsibilidade regulatória.

O empresário americano sabe o que esperar. Já no Brasil, você pode montar um plano de negócio e ser surpreendido por uma nova regra tributária três meses depois.

— Fernanda Spanner, CEO da Spanner Consulting Group

Desafios e cuidados no mercado americano

A especialista Fernanda Spanner ressalta que o ambiente americano apresenta seus próprios desafios. A variação de impostos estaduais, os custos de seguros obrigatórios e as multas por descumprimento de normas locais podem impactar a rentabilidade do negócio. Por isso, é fundamental estar preparado.

Dados do Small Business Administration (SBA) indicam que 20% das pequenas empresas americanas fecham no primeiro ano, e quase metade não sobrevive após cinco anos, não por burocracia, mas por falta de capital e planejamento.

Internacionalização em expansão

Spanner prevê um aumento no movimento de internacionalização entre 2025 e 2026, impulsionado por empresários que buscam diversificar riscos e proteger seu patrimônio. Ela conclui:

O Brasil tem um potencial enorme, mas o investidor quer estabilidade. E a estabilidade, hoje, é um ativo. Nos Estados Unidos, ela existe e é mensurável. Isso explica por que cada vez mais brasileiros decidem atravessar fronteiras.

— Fernanda Spanner, CEO da Spanner Consulting Group

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