Itajaí, a maior economia de Santa Catarina, enfrenta um grande desafio: um déficit de 15 mil moradias. Além disso, apenas 10% dos lançamentos imobiliários na cidade são voltados para o segmento econômico. Essa disparidade foi destacada por Fabio Inthurn, presidente do Instituto Mais Itajaí, em entrevista recente.
O Desequilíbrio Habitacional em Itajaí
Considerada a maior economia de Santa Catarina e com um rápido crescimento populacional (44% entre 2010 e 2022), Itajaí enfrenta uma séria crise de moradia popular. Fabio Inthurn, também CEO da Lotisa, construtora local, ressaltou que a situação é ainda mais crítica devido ao desequilíbrio no mercado imobiliário. Apenas uma pequena fração dos lançamentos atende à demanda por imóveis de médio padrão (até R$ 500 mil).
Durante a entrevista, Inthurn detalhou que a cidade não implementa projetos no programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) há quatro anos. Isso tem provocado um aumento significativo nos aluguéis, inclusive em bairros periféricos. Diante desse cenário, ele defende uma atuação conjunta do setor privado e do poder público para resolver os problemas urbanos.
O Papel do Setor Privado na Solução
O Instituto Mais Itajaí, que reúne mais de 30 empresas locais, é um exemplo desse compromisso. A organização planeja doar R$ 5 milhões em projetos técnicos executivos de obras estruturantes para o desenvolvimento da cidade.
A entrevista com Fabio Inthurn representa um diálogo franco sobre um dos maiores desafios da nossa cidade: a crise habitacional. Fabio demonstrou que o empresariado pode e deve ser parte da solução.
— Jean Sestrem, apresentador do podcast Polilógica
Sestrem também enfatizou a liderança de Inthurn, que vai além de projetos pontuais, como o Portovelas. Segundo ele, o verdadeiro diferencial está na mobilização empresarial que resultou na criação do Instituto Mais Itajaí, uma organização que representa uma mudança estrutural na forma como o setor privado se relaciona com os problemas urbanos.
Desafios e Soluções para o Déficit Habitacional
Para Inthurn, o alerta sobre o déficit habitacional pode parecer contraditório, já que ele é proprietário de uma construtora. No entanto, ele explica que o problema é sistêmico. “Alguém pode pensar: ‘Ué, por que você mesmo não constrói mais imóveis econômicos?’. E essa é uma pergunta justa”, afirma.
Ele continua: “Uma empresa, sozinha, não consegue remar contra a maré dos custos. O valor dos terrenos em Itajaí explodiu, o custo para construir não para de subir, e a carga tributária e burocracia é imensa. Sem uma parceria forte com o poder público, com incentivos, agilidade na aprovação e uma política habitacional clara, a conta simplesmente não fecha para construir em larga escala para o público do Minha Casa, Minha Vida, por exemplo. Por isso, meu objetivo é soar este alarme para que possamos, juntos, criar as condições para que isso seja viável”.
Além disso, o empresário ressalta a importância de separar os públicos. Existe um déficit de moradias para pessoas de baixa renda, que se enquadram na Faixa 1 do MCMV, cuja responsabilidade é do Estado. Adicionalmente, há uma carência de imóveis para outra faixa da população, que ganha um pouco mais e não se qualifica para programas sociais, mas também não consegue comprar imóveis de médio e alto padrão.
“O Portovelas, nosso mais recente lançamento, foi desenhado exatamente para este público, para preencher essa lacuna gigantesca no mercado”, explica Inthurn.
Esse empreendimento não é a solução definitiva para o déficit de 15 mil moradias. É a nossa contribuição direta e um projeto-piloto. Com ele, estamos provando que é possível, sim, oferecer um residencial com altíssima qualidade de lazer, bem localizado, a um preço mais competitivo.
— Fabio Inthurn, presidente do Instituto Mais Itajaí e CEO da Lotisa
Inthurn complementa dizendo que querem que o Portovelas sirva de modelo para o mercado e de sinalização para o poder público de que existe uma demanda enorme e reprimida. “Mas sabemos que um projeto só é uma gota no oceano. É por isso que nossa aposta de longo prazo é no Instituto Mais Itajaí. O órgão atacará a raiz do problema, de forma estrutural, ajudando a cidade a se planejar melhor para o futuro”, finaliza.
Sobre o Portovelas e a Lotisa
Com 780 unidades e valores a partir de R$ 400 mil, o Portovelas é o maior residencial de médio padrão já lançado no Litoral Norte de SC. O empreendimento oferece entrada facilitada, parcelamento e acompanhamento direto com a construtora. Localizado no bairro São João, a cinco minutos do centro, destaca-se pela infraestrutura de lazer de alto nível, com 8,5 mil m² de áreas de convivência.
O podcast Polilógica, que aborda a trajetória do empresário e outros pontos ligados aos desafios da habitação na cidade, está disponível no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=PsphAtqNmOk.
Sob a liderança de seu fundador, Fábio Inthurn, a Lotisa Empreendimentos consolidou-se como uma das principais incorporadoras de Itajaí e da Praia Brava, no litoral norte catarinense. Em duas décadas de atuação, a empresa já entregou mais de 25 empreendimentos e 1.600 imóveis, com cerca de 1.000 unidades em construção atualmente. Com uma trajetória de excelência e reconhecimento no mercado local, a Lotisa agora se prepara para sua entrada estratégica em Balneário Camboriú, reforçando seu compromisso com a inovação, a qualidade construtiva e a valorização de seus projetos.
Mais informações: http://www.lotisa.com.br
