A Inteligência Artificial (IA) está transformando o marketing B2B. Ela redefine processos, automatiza tarefas e multiplica as possibilidades de atuação de empresas e profissionais. No entanto, em meio a essa velocidade e eficiência, o conteúdo se destaca como elemento essencial.
A jornada B2B e a importância do conteúdo
O processo de compra B2B continua complexo e racional. Envolve várias camadas de decisão, múltiplos stakeholders e um longo ciclo de consideração. Antes de qualquer conversa comercial, o comprador B2B realiza, em média, mais de dez interações com conteúdos digitais, nos quais a confiança começa a se formar.
Nesse contexto, o conteúdo atua como um consultor silencioso, educando, orientando e posicionando a marca como referência. Mesmo com o avanço da IA, o que convence não é a velocidade da entrega, mas a profundidade da mensagem. Artigos técnicos, estudos de caso e análises densas seguem sendo cruciais nas decisões.
Afinal, nenhum post curto substitui o poder de um insight bem estruturado.
IA acelera, mas a estratégia é humana
É fácil se encantar com as possibilidades da IA, que é eficiente, escalável e precisa. Contudo, a estratégia, o propósito e o direcionamento continuam sendo atributos humanos. Sem uma narrativa clara, a IA pode se tornar apenas um motor de execução rápido, mas vazio. O diferencial está na capacidade de unir dados e propósito, velocidade e significado.
Além disso, o Retorno sobre o Investimento (ROI) não surge da automação, mas do sentido por trás dela.
Conteúdo: a essência que permanece
Novas metodologias e frameworks surgem constantemente, mas todos convergem para o mesmo ponto: o conteúdo. O Account-Based Marketing (ABM), impulsionado pela IA, ainda se apoia na personalização inteligente e na relevância para cada stakeholder. O social selling não depende da quantidade de posts, mas da qualidade das ideias. E o vídeo marketing, mesmo com novos formatos, continua transmitindo conhecimento de forma envolvente e humana.
O valor da interpretação humana
Enquanto a IA assume o papel de aceleradora, cabe ao conteúdo sustentar o significado, que nasce de empatia, observação e vivência. Em um cenário de automação, a interpretação humana das nuances se torna valiosa. Transformar dados em histórias e histórias em confiança é onde tecnologia e humanidade se encontram.
Afinal, empresas compram de empresas, mas as decisões são tomadas por pessoas.
A grande questão não é “como usar IA?”, mas “o que queremos dizer através dela?”. Por mais poderosa que seja, a Inteligência Artificial precisa de conteúdo com verdade, propósito e direção.
— Mário Soma, CEO e Head B2B da Pólvora Comunicação
