Home / Finanças Pessoais / Inflação invisível: produtos duram menos e corroem seu poder de compra

Inflação invisível: produtos duram menos e corroem seu poder de compra

Inflação invisível: produtos duram menos e corroem seu poder de compra

Você sabia que não existe nenhuma regulamentação do Inmetro sobre o prazo médio de vida útil de eletrodomésticos e similares? Isso significa que cada fabricante pode definir a durabilidade de seus produtos da forma que considerar mais conveniente, sem parâmetros claros para o consumidor.

A Portaria Inmetro nº 148, de 2022, tem como foco principal a segurança e prevenção de acidentes, estabelecendo critérios de conformidade para a certificação. Ou seja: o selo de identificação garante que o produto não apresenta riscos imediatos ao uso, mas não garante quanto tempo ele vai durar.

O Código de Defesa do Consumidor, por sua vez, protege o comprador contra vícios de qualidade que tornem o produto inadequado ao uso, mas o tempo de vida útil segue sendo um terreno cinzento, abrindo margem para práticas de mercado que corroem o poder de compra das famílias.

Inflação invisível: quando o dinheiro vale menos sem você perceber

A inflação invisível não se limita ao aumento dos preços no supermercado. Ela se manifesta de formas ocultas, que tornam a vida do consumidor mais cara sem que isso esteja sempre evidente.

  • Reduflação: menos produto pelo mesmo preço, como por exemplo, embalagens menores ou menos unidades, sem redução do valor pago. Um pacote de biscoitos que antes vinha com 150g, hoje aparece com 120g pelo mesmo preço.
  • Alterflação: mudança de ingredientes, ocorre quando fabricantes trocam insumos por alternativas mais baratos, o produto mantém o mesmo tamanho e preço, mas perde em qualidade. O clássico exemplo é a diferença entre “chocolate” e “sabor chocolate”.
  • Inflação eletrônica: obsolescência programada

Obsolescência programada

Eletrodomésticos e eletrônicos com vida útil cada vez mais curta. A falta de peças de reposição, componentes menos resistentes e lançamentos frequentes fazem com que consumidores troquem geladeiras, celulares ou TVs em intervalos muito menores do que gerações passadas.

Segundo o IDEC (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), os consumidores esperam que seus aparelhos durem de 2 a 3 anos a mais do que de fato duram hoje.

Impacto no bolso e o papel do consumidor

O problema não é apenas financeiro, mas também ambiental. Produtos descartáveis geram mais resíduos e pressionam ainda mais o orçamento das famílias, que precisam arcar com substituições frequentes.

Conhecer esses mecanismos de inflação oculta é o primeiro passo para fazer escolhas mais conscientes, exigir transparência dos fabricantes e pressionar por produtos mais duráveis.

Na ausência de regulamentação clara, cabe ao consumidor adotar ferramentas que ajudem a organizar garantias, acompanhar prazos e proteger seus direitos. Plataformas como a Novoto surgem justamente para dar esse suporte: armazenando notas fiscais, enviando alertas de garantia e ajudando a prolongar a vida útil dos bens já conquistados.

Com ele, é possível organizar notas fiscais de maneira simples, acompanhar prazos de garantia, manutenção para evitar perdas, garantindo mais controle, tranquilidade e segurança no dia a dia.

— Marcelo Gontijo, CEO da Novoto

Marcado:

Deixe um Comentário