Home / RS / Refugiadas recebem apoio para empreender com ACNUR e capital

Refugiadas recebem apoio para empreender com ACNUR e capital

Refugiadas empreendendo com apoio do ACNUR.

Com o apoio do ACNUR, refugiadas estão recebendo treinamento e capital semente para empreender. O empreendedorismo surge como um caminho para a inserção socioeconômica no Brasil, especialmente para mulheres que buscam conciliar a gestão do lar com a geração de renda.

Capacitação e incentivo financeiro

A Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) e o Serviço Jesuíta a Migrantes e Refugiados (SJMR) uniram forças para criar o curso Refugiadas Empreendedoras. A primeira turma, formada em Porto Alegre (RS), contou com 20 participantes.

A formação de 20 horas abordou desde pesquisa de mercado e análise da concorrência até o lançamento de produtos, campanhas de divulgação, fluxo de caixa e gestão de recursos humanos. Todas as alunas que concluíram o curso receberam um capital semente para investir em seus negócios.

Transformando sonhos em realidade

A venezuelana Tania Alvares, que já produz bolos e salgados, enfatiza a importância do curso para profissionalizar seu trabalho. “O curso foi muito importante e completo. Aprendemos coisas essenciais, como separar custos fixos e variáveis para saber qual é o lucro de verdade”, explica. Seu objetivo é abrir a própria confeitaria.

Após a conclusão do curso, as alunas participam de um processo de incubação, com mentorias online e presenciais por 90 dias. Elas também receberão acompanhamento semanal para auxiliar no planejamento e desenvolvimento de seus negócios, considerando o investimento inicial do capital semente.

Novos caminhos e oportunidades

Maria Luísa Zerpa, também venezuelana, precisou deixar o emprego para cuidar da filha e encontrou na venda de doces e bolos uma forma de sustento. “Com o que aprendi no curso, vou conseguir abrir meu MEI e começar a vender por aplicativo. Agora eu também sei se estou cobrando o valor certo do meu produto”, afirma.

Além disso, o capital semente representa um incentivo para profissionalizar o negócio. “O capital semente vai me ajudar porque eu preciso ter alguns materiais em casa. Assim, quando tiver uma encomenda, eu já tenho esses materiais e posso fazer o pedido. Também vou poder, talvez, montar um café na minha casa, onde eu possa vender bolos e doces”, planeja.

O curso Refugiadas Empreendedoras, oferecido pelo ACNUR em parceria com o SJMR, foi conduzido pela equipe da Agência Besouro de Fomento Social, que também acompanhará as mentorias e realizará um estudo sobre a efetividade da iniciativa.

Marcado:

Deixe um Comentário