A Siemens está defendendo um aumento nos investimentos em redes elétricas, inteligência artificial (IA) e na resiliência dos sistemas de energia. A demanda ocorre em um momento de mudança nas prioridades globais, com a segurança energética ganhando destaque em relação à cooperação climática.
Segurança energética ganha prioridade
Um estudo internacional, encomendado pela Siemens, ouviu 1.400 executivos e representantes governamentais. A maioria dos entrevistados apontou que a segurança energética superou a proteção climática como principal foco da transição energética. Um dos resultados aponta que o fornecimento de energia resiliente deve ser a prioridade dos governos na transição da infraestrutura.
Diante da possibilidade de uso da energia como ferramenta geopolítica, muitos governos estão priorizando segurança, independência e preparação energética. A Siemens argumenta que a resiliência deve ter um peso maior no planejamento dos sistemas energéticos.
Digitalização e modernização como solução
A resiliência energética pode ser alcançada por meio de investimentos em digitalização, modernização e expansão das redes elétricas. O uso de tecnologias digitais, como inteligência artificial (IA) e hardware avançado, pode aumentar ainda mais a resiliência da infraestrutura.
IA acelera a transição energética
À medida que as estratégias energéticas nacionais evoluem, as tecnologias digitais permanecem centrais para a transição da infraestrutura. A digitalização é considerada o segundo fator mais importante para acelerar a transição para energia limpa nas indústrias, ficando atrás apenas da expansão do armazenamento de energia. A expectativa é que a inteligência artificial (IA) tenha o maior impacto positivo nesse cenário.
Os entrevistados acreditam que a IA está ajudando a tornar a infraestrutura crítica mais resiliente (66%) e relatam que suas organizações estão utilizando IA para auxiliar na descarbonização de suas operações (59%).
Além disso, o estudo revela que mais da metade (57%) dos executivos globais espera um aumento nos investimentos em combustíveis fósseis nos próximos dois anos. Apenas 37% das empresas acreditam que alcançarão suas metas de descarbonização para 2030, uma queda em relação aos 44% em 2023. Contudo, o estudo aponta que mais investimentos em redes de energia e uma digitalização mais rápida poderiam acelerar o alcance das metas climáticas e fortalecer a resiliência energética.
O Siemens Infrastructure Transition Monitor 2025 entrevistou 1.400 executivos seniores e representantes governamentais em 19 países, abrangendo os setores de energia, edificações e indústrias. A edição de 2025 é a segunda da série e está sendo lançada antes da COP30.






