Vivemos em um mundo com mais de 8 bilhões de pessoas, onde o poder do dinheiro parece ditar as regras. Alfredo Sá Almeida, autor do livro “A consciência da humanidade – a coerência do mundo?”, critica essa realidade, alertando para a negligência dos valores humanos e da educação cidadã.
A sociedade doente
A busca incessante por posses domina a mente de muitos, relegando a um segundo plano atitudes e comportamentos. A falta de educação em cidadania e valores humanos agrava o problema, transformando o dinheiro na única solução para muitos.
Não surpreende, portanto, que cerca de 12% da população mundial sofra de transtornos mentais como ansiedade e depressão. Apesar dos esforços de alguns países em fortalecer políticas de saúde mental, são necessários investimentos e ações em escala global.
Além disso, os problemas de saúde mental representam a segunda maior causa de incapacidade a longo prazo, impactando negativamente a vida das pessoas e gerando perdas econômicas significativas.
Um futuro sombrio?
Diante desse cenário, questiona-se: é este o futuro que estamos construindo para a humanidade? Por que não encontramos soluções para problemas de tamanha magnitude? Será que a economia se tornou mais importante que o bem-estar humano?
Se somarmos o número de pessoas com transtornos mentais àqueles que sofrem com a fome e a falta de dignidade, fica evidente que a sociedade atual está doente. Perante essas calamidades, como guerras, autoritarismo e corrupção, o ser humano não pode se orgulhar da vida que leva.
A urgência de uma mudança
A sociedade não está preparada para uma mudança que priorize a dignidade das pessoas idosas, a valorização do ser humano, a educação, a erradicação da fome, a solução dos problemas climáticos e o fim das guerras.
No entanto, em vez de procurar culpados, é crucial concentrar esforços na construção de soluções para o futuro, com determinação e resiliência. O ponto de não retorno se aproxima rapidamente, e, quando essa hora chegar, qualquer solução será apenas um paliativo ineficaz.
Por isso, precisamos nos perguntar a que mundo queremos pertencer.
— Alfredo Sá Almeida, autor e pesquisador



