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VPN: 38% dos brasileiros usam, mas grátis preocupa, diz estudo

VPN: 38% dos brasileiros usam, mas grátis preocupa, diz estudo

Uma pesquisa recente da NordVPN, líder global em cibersegurança, revela que o uso de VPNs (Virtual Private Networks) no Brasil continua em alta. De acordo com o levantamento, 38% dos internautas brasileiros utilizam o serviço regularmente, colocando o país entre os mercados mais ativos do mundo nesse segmento.

Conscientização digital em ascensão

O relatório, parte do estudo VPN Awareness, Usage and Consideration Tracker 2025, realizado em 23 países, aponta que a conscientização sobre VPNs no Brasil alcançou 82% da população conectada. Este número representa um salto expressivo em relação aos 78% registrados em 2024, refletindo o crescente debate sobre segurança digital, rastreamento de dados e proteção de informações pessoais.

No entanto, o estudo também traz um alerta: 16% dos brasileiros ainda recorrem a VPNs gratuitas, o que representa um risco significativo à segurança de dados e à privacidade online.

O Brasil é um dos países com maior sensibilidade à privacidade digital, mas o desafio está em transformar a consciência em segurança real. Serviços gratuitos continuam sendo uma armadilha comum, pois lucram justamente com os dados que prometem proteger. No mundo digital, privacidade tem valor e esse valor não pode ser zero.

— Marijus Briedis, CTO da NordVPN

Adesão e riscos

Os números da pesquisa revelam um amadurecimento do público brasileiro. Entre 2021 e 2025, a porcentagem de brasileiros que afirmam saber o que é uma VPN passou de 72% para 82%, e o número de usuários ativos cresceu de 31% em 2021 para 38% em 2025. Além disso, outros 14% afirmaram já ter usado uma VPN no passado, demonstrando uma penetração quase total do conceito entre os internautas.

Entre os tipos de VPN mais utilizados, 19% dos brasileiros optam por serviços pagos, 6% usam versões de teste de VPNs premium, 5% utilizam VPNs corporativas e 16% permanecem em serviços gratuitos. Apesar de ainda alto, o número de usuários de VPNs gratuitas mostra uma leve melhora em relação a 2024, quando o índice era de 17%.

VPNs pagas x gratuitas

Marijus Briedis, CTO da NordVPN, explica que há um movimento positivo em direção às VPNs pagas, que oferecem criptografia de ponta e política de zero logs. Contudo, ele ressalta que a presença de 1 em cada 6 usuários em VPNs gratuitas ainda expõe um ponto de vulnerabilidade que precisa ser enfrentado com educação digital.

Além disso, a pesquisa indica que o principal motivo para usar uma VPN no Brasil continua sendo a proteção da privacidade. Cerca de 45% dos usuários brasileiros recorrem ao serviço para proteger seus dados e atividades online, enquanto 24% buscam aumentar a segurança de seus dispositivos e contas.

O custo da privacidade

Os especialistas da NordVPN alertam que o Brasil ainda enfrenta um desafio cultural: o de compreender que a privacidade tem custo e valor. De acordo com Briedis, não existe VPN gratuita sem contrapartida. Esses serviços frequentemente armazenam logs de navegação, vendem informações para anunciantes ou usam servidores inseguros. Assim, o usuário acha que está se protegendo, mas está trocando liberdade por exposição.

Esses serviços, segundo a NordVPN, costumam adotar modelos de negócio baseados em coleta e venda de dados, o que contraria justamente o propósito de preservar a privacidade. Entre os principais riscos apontados pela empresa estão:

  • Coleta de dados pessoais e históricos de navegação, que podem ser revendidos a terceiros;
  • Protocolos de segurança desatualizados, que expõem usuários a ataques e vazamentos;
  • Aplicativos maliciosos, alguns com códigos que permitem o acesso não autorizado a informações sensíveis.

As pessoas baixam VPNs gratuitas acreditando estar protegidas, quando na verdade estão se expondo a uma vigilância ainda maior. A regra é simples: se você não paga com dinheiro, está pagando com seus dados.

— Marijus Briedis, CTO da NordVPN

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