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Fundo POP destina R$ 2 milhões a organizações periféricas

Fundo POP destina R$ 2 milhões a organizações periféricas

O Fundo POP, primeiro no Brasil a apoiar exclusivamente o fortalecimento institucional de organizações periféricas, iniciou o repasse de cerca de R$ 2 milhões para dez organizações da sociedade civil (OSCs) de base comunitária. A iniciativa é fruto da parceria entre o Instituto ACP (IACP) e a Iniciativa Pipa.

Investimento e apoio

Cada organização selecionada receberá R$ 150 mil ao longo de três anos (R$ 50 mil anuais), além de participar de uma comunidade de aprendizagem com mentorias e formações especializadas. O objetivo é consolidar as estruturas dessas organizações, ampliar sua atuação e gerar maior impacto social.

O Fundo POP conta com o apoio de cinco organizações coinvestidoras: Fundação Tide Setubal, Instituto Incube, Humanity United, Instituto Galo da Manhã e Sall Family Foundation.

Metodologia inovadora

O Fundo POP surge como resposta às dificuldades enfrentadas pelas OSCs periféricas para acessar investimento social privado e doações institucionais.

Historicamente, as periferias lidam com os piores problemas com recursos mínimos. O Fundo POP foi criado para mudar essa lógica, reconhecendo e investindo diretamente na potência das organizações periféricas como agentes de mudança.

Além disso, o Fundo POP propõe uma metodologia focada no desenvolvimento institucional das organizações, visando a sustentabilidade e autonomia, em vez de apenas financiar projetos pontuais.

Isso significa apostar na sustentabilidade e autonomia das organizações, e não apenas financiar projetos pontuais.

Diversidade de causas e territórios

A iniciativa contempla organizações que atuam com direitos das mulheres negras, meio ambiente, cultura periférica, justiça socioambiental e segurança alimentar em estados como Pará, Pernambuco (Recife), Bahia, Goiás, São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso e Rio Grande do Sul.

Exemplos de organizações contempladas

  • Grupo de Mulheres Negras Malunga (Goiânia-GO): Focado na inclusão e autonomia de mulheres negras, busca enfrentar desafios como sustentabilidade financeira e ampliação da equipe.
  • Coletivo Mirí (Castanhal-PA): Atua em educação ambiental, pesquisa e construção de conhecimento.
  • Movimento Atitude Afro Pará (Belém-PA): Valoriza as culturas de matriz africana, preservando saberes ancestrais.
  • Salve Beberibe (Recife-PE): Mobiliza a população em defesa do Rio Beberibe e seus afluentes.
  • Instituto Pau Brasil (Salvador-BA): Promove cultura, educação e desenvolvimento sustentável com foco em inclusão social e racial.
  • IMUNE-MT – Instituto de Mulheres Negras do Mato Grosso (Cuiabá-MT): Realiza ações afirmativas voltadas ao empoderamento de mulheres negras.
  • Ippê – Instituto para Periferias (Rio de Janeiro-RJ): Atua com cultura, educação, segurança alimentar e geração de dados na Zona Oeste.
  • Coletiva Emana (São Paulo-SP): Fortalece meninas e mulheres através da arte e da reconstrução da memória.
  • MUNTU Artes Negras (Porto Alegre-RS): Promove a identidade, cultura e direitos da população negra.
  • Fluência Casa Hip Hop (Caxias do Sul-RS): Incentiva o desenvolvimento comunitário através da cultura Hip Hop.

Novo marco para o investimento social

O lançamento do Fundo POP representa um marco no investimento social no Brasil. Os critérios de seleção foram definidos com o apoio de lideranças periféricas, adotando práticas como linguagem acessível e escuta ativa.

Esperamos que o Fundo POP inspire uma nova geração de financiadores comprometidos com a equidade, a justiça e o protagonismo de quem vive os desafios dos territórios periféricos.

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