A preocupação com o futuro do planeta tem mobilizado a juventude mundialmente. Uma pesquisa do Centro Internacional de Estudos e Pesquisas sobre a Infância, em parceria com a PUC-Rio, revelou que mais de 92,5% dos adolescentes brasileiros, entre 12 e 18 anos, estão preocupados com as mudanças climáticas e seus impactos nas próximas gerações.
A iniciativa de Catharina Santos Rapchan
Catharina Santos Rapchan, uma jovem de 17 anos, transformou essa preocupação em ação. Ela inspirou o desenvolvimento de uma plataforma brasileira de inteligência artificial (IA) voltada ao monitoramento e proteção ambiental em tempo real. O sistema, desenvolvido pela Local DC, será apresentado na COP30, em Belém (PA).
Espera-se que a plataforma seja um exemplo de tecnologia aplicada à sustentabilidade e à preservação dos ecossistemas da Amazônia e da chamada “Amazônia Azul”.
Como surgiu a ideia da IA ambiental
A iniciativa nasceu da visão de Catharina Santos Rapchan, estudante da Escola Americana de Campinas, que transformou sua preocupação com as mudanças climáticas em ação concreta. A jovem propôs a criação do Aruanã.ai, uma plataforma que utiliza inteligência artificial para analisar imagens, sons e dados ambientais.
Além disso, o sistema detecta riscos de desmatamento, poluição ou desequilíbrio ecológico, emitindo alertas preditivos. Esses alertas podem auxiliar órgãos públicos e instituições ambientais na prevenção de desastres.
Sempre acreditei que tecnologia e propósito poderiam caminhar juntos. Cresci aprendendo sobre preservação, sustentabilidade e o impacto das ações humanas sobre o meio ambiente. Por isso, agora vi uma oportunidade de usar o que temos de mais inovador para não apenas compreender o planeta, mas ajudar na sua preservação. Esse é o objetivo do Aruanã.ai.
— Catharina Santos Rapchan, idealizadora do projeto
Aruanã.ai já está em teste
Após um ano e meio de desenvolvimento, o Aruanã.ai já está sendo aplicado em cidades brasileiras como um projeto piloto. A iniciativa também gera engajamento social, permitindo a participação de cidadãos, escolas e comunidades locais na validação de informações. Isso amplia o alcance da vigilância ambiental e fortalece a consciência coletiva sobre a importância da preservação.
Jovens como Catharina representam uma nova visão sobre o papel da juventude na transformação do planeta. Ao aliar tecnologia e propósito, a iniciativa brasileira idealizada pela adolescente prova que a nova geração não apenas se preocupa com o futuro, mas está engajada em ajudar a construí-lo.
Acredito que juntos podemos nos engajar em transformar a preocupação com o futuro do planeta em ações reais para combater as mudanças climáticas. Na COP30, o maior evento global sobre o tema, poderemos mostrar que a minha geração se importa e está pronta para ajudar na construção de soluções para o meio ambiente.
— Catharina Santos Rapchan, idealizadora do projeto






