A literatura hot tem ganhado cada vez mais espaço ao abordar temas como prazer e liberdade feminina. A autora best-seller Mari Sales, uma das mais lidas no Kindle Unlimited Brasil na última década, destaca como as histórias eróticas, antes vistas como “escandalosas”, agora viralizam e ajudam mulheres a fortalecer o autoconhecimento e a autoestima.
Romance hot: do tabu ao empoderamento
De acordo com Mari Sales, a mulher tem vida íntima não só para atender às necessidades de um matrimônio ou agradar ao parceiro, mas para ser feliz e dona dos próprios sentimentos. “A literatura erótica vem para dar voz a todas, mas ainda há uma proteção de pudor que obriga as escritoras a serem criativas ao falar do prazer feminino”, explica.
Além disso, Sales ressalta que, após anos de silêncio sobre o assunto, o romance hot chegou para romper barreiras e normalizar o que era visto como tabu. O gênero faz parte do universo feminino desde muito antes do sucesso de 50 Tons de Cinza, com romances de banca, rodas de conversa e mulheres que se permitiam sonhar lendo ficção.
Como autora do gênero, posso afirmar que a leitora de romance hot se torna mais empática e curiosa. Por meio da leitura, temos relações pelos olhos das heroínas e nos apaixonamos por mocinhos criados justamente para satisfazer nossos desejos. Esse tipo de narrativa transforma o conceito que deixava os homens sempre no protagonismo: nós não queremos substituir ou competir com eles, mas ser vistas e tratadas de igual para igual.
— Mari Sales, autora
Autoconhecimento e autoestima
Conforme a autora, conhecer o próprio corpo, buscar autoconhecimento e se libertar de velhos paradigmas é importante para alcançar a plenitude. Nesse contexto, a literatura erótica serve como aliada para fortalecer a confiança, exercitar a autoestima e experimentar o melhor da paixão. Afinal, ler conteúdo adulto pode ser saudável e romântico, contribuindo para relacionamentos e até salvando casamentos.
Mininovelas eróticas
O impacto da literatura hot é tão grande que as palavras ganharam imagens. Em formato vertical para consumo em celular, as mininovelas eróticas se conectam com as leitoras que desejam ter uma vida sexual mais ativa, além de se enxergar nas telas por meio das protagonistas fortes.
Por fim, Mari Sales conclui: “Vamos falar do prazer feminino, sim, e traremos luz para o que foi ignorado por tantas gerações: a mulher pode desejar o prazer e isso não a torna menos merecedora de respeito e admiração. Nas nossas histórias, feitas por mulheres e para mulheres, não cabe mais o julgamento – só o empoderamento delas.”



