O mercado de alta performance imobiliária em Santa Catarina está aquecido, com Brusque, Porto Belo e Camboriú (SC) liderando as apostas para dobrar o retorno até 2026. O cenário imobiliário catarinense tem sido impulsionado pela migração de renda do Sul, Sudeste e Centro-Oeste, pelo avanço da infraestrutura litorânea e pela solidez da indústria regional. Segundo Jordan Hang, especialista em marketing e vendas, essas cidades apresentam um grande potencial de valorização.
Novas fronteiras para investidores
De acordo com Hang, cidades que antes estavam fora do radar dos grandes investidores agora são vistas como novas fronteiras para duplicar o capital investido. Ele destaca que o investidor está cada vez mais atento aos dados para entender não somente as regiões em ascensão, mas também os tipos de projetos que oferecem o maior crescimento percentual.
“O investidor está cada vez mais cercado por dados para entender não somente as regiões em ascensão, bem como os tipos de projetos, buscando o crescimento percentual, e não o preço final do metro quadrado. A relação de exposição de capital versus retorno financeiro está mais evidente do que nunca”, explica Hang.
Brusque: o ‘diamante bruto’ da indústria
Brusque, historicamente conhecida pela força de sua indústria têxtil e alto poder aquisitivo per capita, é classificada por Hang como o novo “diamante bruto” para o mercado residencial de médio e alto padrão. Segundo ele, a migração do capital local para o mercado imobiliário é a principal justificativa para esse crescimento.
O brusquense antes comprava mais no litoral. Agora, ele está comprando na própria cidade, porque além da expansão de valorização do litoral, o mercado oferece produtos com a mesma qualidade de lazer e infraestrutura de um home club litorâneo.
— Jordan Hang, especialista em marketing e vendas
Demanda reprimida e alta rentabilidade
A solidez industrial de Brusque, que antes se manifestava em concentração de riqueza e baixa exposição do mercado imobiliário, cria uma demanda reprimida. Investir em lofts e apartamentos de padrão elevado na cidade é uma das dicas do especialista. A cidade hoje atende tanto ao empresário local que busca moradia de qualidade quanto ao investidor que busca alta rentabilidade via aluguel.
Porto Belo: o ‘efeito dominó’ do alargamento da orla
Porto Belo está no centro das atenções do litoral, e vive a expectativa do que Jordan Hang chama de “Efeito Dominó”, ao replicar a valorização já consolidada em Balneário Camboriú e Itapema. A cidade está sendo transformada pela ação da ACIP (Associação dos Construtores Incorporadores de Porto Belo) e do poder público, que utilizam recursos de outorga para realizar melhorias urbanas maciças, incluindo o alargamento da faixa de areia.
O investidor vê o que aconteceu em Balneário, onde o alargamento multiplicou o valor do metro quadrado. Agora, esse processo está acontecendo em Porto Belo, financiado pelo próprio capital da incorporação.
— Jordan Hang, especialista em marketing e vendas
Aposta de alto retorno
Com essa ascensão urbana e o aumento do nível de melhoria disponível, o potencial de crescimento exponencial do preço do m² na região é uma aposta de alto retorno para 2026, que já atinge 30% em áreas nobres, atraindo capital que busca lucrar com o ciclo de transformação urbana.
Camboriú (SC): nova fronteira logística e residencial
O município de Camboriú, vizinho a Balneário Camboriú, é apontado por Jordan Hang como o principal alvo para quem busca crescimento na região, mas com menor exposição de caixa. Enquanto o metro quadrado em Balneário já alcança patamares máximos, Camboriú oferece uma alternativa estratégica.
Para quem busca rentabilidade percentual, Camboriú é o ponto ideal. A cidade faz a ligação logística e residencial entre Balneário, Itajaí e Brusque. É uma região em que o poder público vem revelando novos projetos de melhoria, e as pessoas estão investindo muito.
— Jordan Hang, especialista em marketing e vendas
Crescimento impulsionado por dois vetores
Ele explica que o crescimento de Camboriú é impulsionado por dois vetores: o investidor que enxerga o potencial de valorização por absorção (a saturação da vizinha Balneário empurra a demanda para o entorno) e o morador que busca melhor custo-benefício, mas sem abrir mão da proximidade com a infraestrutura litorânea.
Crescimento baseado em dados e processos
O otimismo se baseia na solidez do mercado catarinense que detém quatro das cinco cidades com o metro quadrado mais valorizado do país.
Além disso, Jordan Hang reforça que o grande sucesso do investimento está atrelado à estratégia de vendas da incorporadora: “A linguagem não pode ser a mesma. O cliente final compra uma boa moradia; o investidor compra um bom número”.
Para Hang, a próxima onda de valorização em 2026 será sustentada pela capacidade das incorporadoras de usar a tecnologia para comprovar a rentabilidade (TIR e valorização) e pela padronização da linguagem corporativa e disciplina de vendas, focada em dados, além de uma publicidade e comunicação analítica e não em atalhos publicitários caros.
O desespero por status publicitário sem análises apropriadas e a falta de processos estruturados são o que matam a rentabilidade. Quem usa o dado com inteligência vai surfar o crescimento.
— Jordan Hang, especialista em marketing e vendas






