A cantora e compositora Badi Assad lança “Parte de Tudo Isso”, um álbum de inéditas que marca o início das celebrações de seus 35 anos de carreira. O disco homenageia a riqueza da música brasileira e o talento criativo de sua geração. Sob a produção de Marcus Preto e Tó Brandileone, vencedores do Grammy Latino, o álbum reúne canções de artistas da década de 1960, cada um trazendo sua identidade musical para compor um mosaico sonoro que explora diferentes vertentes da MPB.
Patricia Palumbo descreve o álbum como uma festa para Badi, relembrando como a geração da cantora retomou os princípios antropofágicos e inquietos da Tropicália. A celebração da mistura é a grande marca da arte brasileira, com sotaques de diversos estados que alimentaram a música pop no final do século 20.
Um encontro de gerações e estilos
Criada em um berço musical clássico, Badi Assad inventou uma forma única de cantar e tocar. Agora, ela se aventura nos versos e melodias de Adriana Calcanhotto, Zeca Baleiro, Chico César, Pedro Luís, Otto, Moska, Ceumar, André Abujamra, Nando Reis, Zélia Duncan e Ana Costa. No estúdio, as coisas foram se ajeitando ao vivo, com um time de músicos de alto nível, como Debora Gurgel no piano, Serginho Machado na bateria e Fabio Sá no contrabaixo.
Além disso, o disco conta com participações especiais de Swami Junior nos arranjos de violão, Nailor Proveta no clarinete e Marcos Suzano na percussão.
A identidade de Badi em um caldeirão musical
De acordo com a crítica, “Parte de Tudo Isso” é um disco diverso e diferente na carreira de Badi Assad. Sua voz e violão se aventuram em um caldeirão musical sem perder a identidade. O violão se destaca como se obedecesse a uma clave própria, vindo do Brasil profundo em algumas faixas e transparecendo o imenso caminho percorrido pela artista em suas andanças pelo mundo.
Em “Bordadura Serena”, com Pedro Luís, a voz e o violão desenham a melodia com cuidado. Já em “Ser Humano é Floresta”, com Abujamra, o violão vem forte como o tema, onde cada ramo é uma escolha.
Parcerias e canções que celebram a vida
Em “Tororó”, um forró de Zeca Baleiro e Vicente Barreto, as técnicas vocais de Badi Assad se unem ao assovio e violão de Tó Brandileone. Badi faz dueto com Zélia Duncan na composição de Moska, “Possível Manual do Amor”, e as duas vozes vibram juntas lindamente. Na inédita parceria com Calcanhotto, “Você, Cadê?”, duas mulheres de universos distintos trocam melodias. A lírica de Adriana encontra a energia de Badi Assad.
Além disso, o disco apresenta “Parte de Tudo Isso”, com Ceumar, e “Imaterial”, de Nando Reis, um pop Clube da Esquina feito sob medida para Badi.
Marcus Preto, produtor do álbum, teve a ótima ideia de trazer a geração de Badi para o disco, resultando em cinco parcerias inéditas e cinco presentes. A experiência de ouvir o álbum sem encarte, tentando adivinhar quem está ali, é um convite a se permitir o embalo e perceber o jardim que vai florindo a cada faixa.
O poder do encontro e da comunhão fazendo a festa.
— Patricia Palumbo, crítica musical
Faixas do álbum:
- Você, Cadê? (Badi Assad/Adriana Calcanhotto)
- Na vida do Mar (Badi Assad/ Otto) – feat. Marcos Suzano
- Ê Mulher (Chico César)
- Tororó (Vicente Barreto/ Zeca Baleiro)
- Bordadura Serena (Pedro Luís/Badi Assad)
- Imaterial (Zé Renato/ Nando Reis)
- Possível Manual do Amor (Paulinho Moska) – feat. Zélia Duncan
- Ser Humano é Floresta (André Abujamra/Badi Assad)
- Parte de Tudo Isso (Ceumar/ Badi Assad)
- Tristeza, Nem Vem (Ana Costa/Zélia Duncan)






