Home / Tecnologia / Mercado de eventos: estudo revela falta de transparência e propõe soluções

Mercado de eventos: estudo revela falta de transparência e propõe soluções

Mercado de eventos: estudo revela falta de transparência e propõe soluções

Um estudo recente revelou um gargalo estrutural no setor de eventos: a falta de transparência. A pesquisa, conduzida por Camila Florentino, fundadora da startup Celebrar, identificou que 94% dos fornecedores são micro e pequenas empresas. Além disso, um único evento de médio porte pode envolver até oito camadas de intermediação antes que o pagamento chegue ao profissional final.

A cadeia invisível dos eventos

O estudo expõe a pulverização da cadeia de suprimentos, o que, na prática, reduz margens, fragiliza pequenos empreendedores e cria distorções entre o valor contratado e o efetivamente recebido.

Camila Florentino relembra um caso que inspirou a criação de sua empresa: um trabalhador que recebia apenas R$50 por um serviço vendido a R$350.

Essa assimetria é o retrato da cadeia invisível dos eventos. Há uma distância imensa entre quem paga e quem executa o trabalho, e a tecnologia é o único caminho possível para reequilibrar essa relação — Camila Florentino, CEO e fundadora da Celebrar

A solução da Celebrar: automação e rastreabilidade

Fundada em 2017, a Celebrar opera como um marketplace B2B que conecta mais de 7 mil fornecedores a grandes empresas, digitalizando desde o orçamento até o pagamento. Em 2025, a startup atingiu 90% de automação nos repasses via integração direta com a API de Pix de um grande banco, garantindo rastreabilidade e liquidação automática no CNPJ do fornecedor.

Segundo a fundadora, o impacto vai além da eficiência operacional.

Quando o pagamento acontece de forma transparente e rastreável, o patrocinador e o contratante têm segurança sobre para onde o dinheiro está indo, e o fornecedor passa a ter poder de negociação real. Isso é justiça financeira aplicada à cadeia de eventos — Camila Florentino, CEO e fundadora da Celebrar

Inovação nos bastidores

Embora os grandes eventos estejam cada vez mais tecnológicos, com experiências imersivas, ativações digitais e métricas em tempo real, a engrenagem que sustenta essa indústria ainda opera com processos manuais e pouco conectados. Planilhas, orçamentos dispersos e repasses sem rastreabilidade compõem um sistema que penaliza quem está na ponta da execução. Para especialistas, o desafio agora não é mais inovar no palco, mas nos bastidores, onde a falta de integração e transparência ainda freia o avanço de um setor bilionário.

Impacto social e inclusão produtiva

A rastreabilidade financeira trouxe luz ao que antes era invisível. Com pagamentos automatizados e registros digitais, a Celebrar garantiu que o dinheiro chegasse com transparência a quem realiza o trabalho. O modelo já movimentou mais de R$25 milhões em repasses diretos a micro e pequenos empreendedores, tornando a cadeia mais justa e alinhada aos princípios de inclusão produtiva defendidos pela ONU.

Para Camila Florentino, a transformação do setor passa por transparência e equidade.

A cadeia de eventos é uma engenharia complexa, com centenas de profissionais invisíveis. Torná-la justa é mais do que eficiência; é reconhecer o valor de cada entrega. A tecnologia só faz sentido quando humaniza o processo — Camila Florentino, CEO e fundadora da Celebrar

Marcado:

Deixe um Comentário