Dormir bem tem sido um desafio para muitos brasileiros. Estudos recentes mostram que mais da metade da população adulta enfrenta dificuldades para manter uma rotina de sono saudável. A consequência vai além do cansaço ao acordar, impactando diretamente o metabolismo, a imunidade, o equilíbrio emocional e as funções cognitivas. A falta de sono pode trazer diversas consequências negativas.
O sono como alicerce da saúde
A Dra. Luciana Melo Ferreira (CRM 175538/SP) explica que o sono é fundamental para o funcionamento do organismo. “Durante o sono, reduzimos o metabolismo cerebral, regulamos o sistema nervoso autônomo e aumentamos a secreção de hormônios que promovem reparo tecidual e equilíbrio metabólico”, afirma.
Ela destaca que o sono REM (Rapid Eye Movement) é essencial para a consolidação de memórias e o processamento emocional: “É nessa fase que o cérebro organiza memórias importantes e mantém o hipocampo e o córtex pré-frontal funcionando de forma saudável”.
A privação de sono desregula o relógio biológico e compromete a homeostase cerebral, prejudicando o foco e a imunidade. “Quando não dormimos, o organismo perde o controle de funções básicas, o que também prejudica a memória de longo prazo”, acrescenta.
Quando procurar ajuda médica para a insônia?
A insônia é considerada patológica quando ocorre mais de três vezes por semana, por pelo menos três meses, causando prejuízo durante o dia. Os sinais de alerta incluem:
- Dificuldade persistente para iniciar ou manter o sono
- Despertares noturnos frequentes
- Sensação de sono não reparador
- Fadiga, irritabilidade e lapsos de memória
- Piora da atenção e do desempenho profissional
- Alterações cardiovasculares e metabólicas
“Esses sintomas podem indicar disfunções hormonais e aumento do cortisol noturno, o que justifica uma avaliação médica e, muitas vezes, tratamento comportamental ou farmacológico”, explica a médica.
Impactos na saúde mental e cardiovascular
A falta crônica de sono pode desencadear transtornos emocionais e problemas cardiovasculares. Segundo a Dra. Luciana:
- Aumento de cortisol e noradrenalina, favorecendo ansiedade e irritabilidade
- Redução de serotonina e dopamina, contribuindo para depressão
- Inflamação sistêmica favorecendo hipertensão e aterosclerose
- Hiperativação do sistema nervoso prejudicando a variabilidade cardíaca
“O sono insuficiente altera a regulação emocional e a neuroplasticidade, servindo de gatilho tanto para doenças mentais quanto para doenças cardíacas”
— Dra. Luciana Melo Ferreira, médica
Teleconsulta como solução acessível
Com a rotina agitada e o uso excessivo de telas, o atendimento online surge como uma forma ágil de intervenção precoce. “A telemedicina permite avaliar distúrbios do sono e ajustar fatores que prejudicam o descanso, desde ansiedade até medicamentos inadequados”, descreve a doutora.
Além disso, ela reforça que a terapia cognitivo-comportamental aplicada por psicólogos online é eficaz. “O formato online facilita a adesão e o acompanhamento contínuo com diários de sono e monitoramento do ritmo circadiano”.
A Dra. Luciana ressalta que pequenos ajustes guiados por especialistas podem transformar noites e dias: “Quando oferecemos educação do sono, higiene adequada e suporte terapêutico, ajudamos o corpo a recuperar seu equilíbrio neuroquímico, aumentando a melatonina e reduzindo o cortisol noturno”.
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