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Ataque de 7 de Outubro: Israel divulga provas de planejamento

Documentos do planejamento do ataque de 7 de Outubro

As Forças de Defesa de Israel (FDI) confirmaram a existência de provas documentais que demonstram o planejamento detalhado do ataque de 7 de outubro de 2023 contra Israel. Entre as evidências, destaca-se uma carta manuscrita de seis páginas do então líder do Hamas, Yahya Sinwar, descoberta em um bunker subterrâneo em Gaza.

O documento, redigido em árabe em agosto de 2022, traz instruções específicas para o massacre de civis, incêndios generalizados e filmagem dos atos violentos para fins de propaganda psicológica. A descoberta contraria a argumentação do grupo terrorista sobre os objetivos do ataque, que resultou em 1200 mortes e 251 sequestros.

Documentos detalham o planejamento do ataque

Além da carta, outras comunicações interceptadas pela Unidade 8200 do exército israelense durante o ataque reforçam as evidências do planejamento. Os registros mostram comandantes do Hamas ordenando que os terroristas incendiassem “tudo” e “todo o kibutz”. Em outras transmissões, líderes terroristas instruíram subordinados a “massacrarem” soldados e a filmarem as ações.

Estes documentos provam, sem qualquer margem para dúvida, que o Hamas planejou com antecedência um ataque brutal contra civis. Não há espaço para interpretações diferentes.

— Major Rafael Rozenszajn, porta-voz das FDI para países de língua portuguesa

Instruções para massacres e incêndios

De acordo com análises da inteligência israelense, a carta de Sinwar continha orientações explícitas para o uso de combustível para atear fogo em residências. O documento menciona a necessidade de executar “duas ou três operações” para incendiar bairros inteiros, kibbutzim e outras localidades. Além disso, detalha formas de assassinato, como tiros e degola de civis.

Em paralelo à confirmação dos documentos, as FDI liberaram novas imagens do local onde Yahya Sinwar foi eliminado, em Rafah. O vídeo mostra o bunker destruído, incluindo o sofá onde o terrorista foi capturado em imagens anteriores.

A trajetória de Yahya Sinwar

Nascido em 1962, Yahya Sinwar foi um dos fundadores da ala militar do Hamas. Em 1988, foi preso por Israel e condenado a cinco penas de prisão perpétua. Libertado em 2011, ascendeu rapidamente na hierarquia do Hamas, sendo eleito líder da organização em Gaza em 2017.

Sinwar foi o principal arquiteto do massacre de 7 de outubro. Seus documentos e comunicações interceptadas confirmam uma estratégia deliberada de terror contra civis.

— Major Rafael Rozenszajn, porta-voz das FDI para países de língua portuguesa

As revelações chegaram a ser veiculadas em uma publicação do jornal americano The New York Times, mas ainda eram tratadas como vazamento de informações. A confirmação oficial das FDI representa um passo significativo na documentação dos crimes de guerra perpetrados pelo Hamas.

Trechos da carta de Yahya Sinwar

Confira alguns trechos da carta de Sinwar, traduzidos para o português:

  • “É imprescindível que as forças realizem movimentos intensivos semanas antes de qualquer ação do lado vermelho, que o inimigo considera rotineira; isso servirá como história de cobertura para o grande deslocamento.”
  • “Deve-se cuidar para que saiam imagens que provoquem um surto de embriaguez de sentidos, loucura e eclosão entre o nosso povo (…) Paralelamente, devem causar um surto de sensações de terror e medo entre o inimigo.”
  • “É preciso planejar de antemão eventos dos quais saiam imagens aterrorizantes (…) Deve-se organizar duas ou três ações cujo objetivo seja a queima de um bairro inteiro ou de um kibutz.”
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