A Black Friday 2025 deve movimentar mais de R$13,6 bilhões no comércio eletrônico brasileiro, segundo estimativas da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O crescimento é reflexo da tendência de promoções estendidas ao longo de novembro, a chamada Black November. No entanto, para uma parcela significativa da população, essas oportunidades nem sempre são acessíveis.
Acessibilidade é fundamental
Com mais de 10 milhões de brasileiros com deficiência auditiva, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), muitos consumidores ainda encontram dificuldades para acompanhar informações sobre produtos, preços e condições de pagamento. A ausência de legendas em vídeos promocionais, intérpretes de libras ou instruções em linguagem clara dificulta a navegação e a conclusão das compras, limitando a participação desse público.
Empresas que não oferecem recursos acessíveis durante a venda perdem oportunidades valiosas. É fundamental que esse movimento de inclusão seja contínuo, garantindo que consumidores surdos possam comprar e se informar durante todo o ano, não apenas em datas promocionais como Black Friday ou Natal.
— Monica Lupatin, diretora de negócios do ICOM
Inclusão nas lojas físicas
Além do e-commerce, a acessibilidade nas lojas físicas é essencial para uma experiência de compra realmente inclusiva. Segundo dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), embora a maioria das compras durante o Black November ocorra online, o varejo físico também desempenha um papel significativo, especialmente em regiões com alta concentração populacional.
Práticas inclusivas
Para atender adequadamente a todos os consumidores, lojas físicas devem adotar práticas inclusivas, como sinalização tátil, intérpretes de Libras e treinamento de funcionários para lidar com diferentes necessidades. Essas ações não apenas promovem a inclusão, mas também ampliam o público e fortalecem a imagem da marca.
Garantir inclusão no digital e no ponto de venda é permitir que todos tenham liberdade de escolha, e que as marcas realmente conversem com todos os públicos.
— Monica Lupatin, diretora de negócios do ICOM
A jornada de compra hoje é híbrida: muita gente pesquisa no site, compara preços pelo celular e decide finalizar a compra na loja física. Quando o consumidor é uma pessoa com deficiência, essa transição entre canais só faz sentido se ambos forem acessíveis.






