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Competências humanas: o que Google e Nubank buscam no profissional do futuro

Competências humanas: o que Google e Nubank buscam no profissional do futuro

O avanço da Inteligência Artificial (IA) não está apenas transformando as empresas, mas também o perfil do profissional que elas buscam. Esse movimento se concretizou em conversas recentes com líderes de RH de grandes companhias como Google, Nubank, Amazon, Vivo, Nomad, Omie e TotalPass.

Competências valorizadas na era digital

O consenso é que a vantagem competitiva do futuro será essencialmente humana. Assim, senso crítico, adaptabilidade e uma vontade genuína de aprender estão se sobressaindo em relação ao domínio técnico como principais diferenciais.

As tarefas isoladas estão sendo automatizadas. O que vai diferenciar o profissional é a habilidade de identificar necessidades, propor soluções e construir algo do início ao fim.

— Giuliano Amaral, CEO da Mileto

Resiliência e autonomia em foco

Executivos como Emerson Martins (Google), Suzana Kubric (Nubank) e Luiz Felipe Massad (Omie) também reforçam que resiliência, autonomia e aprendizado contínuo são hoje os maiores preditores de sucesso, principalmente em setores que passam por rápida digitalização.

Segundo o Fórum Econômico Mundial, cerca de 44% das habilidades atuais dos profissionais devem mudar até 2027. Além disso, estimativas da McKinsey indicam que até 30% das atividades humanas poderão ser automatizadas até 2030.

Para líderes de empresas como Google, Nubank, Amazon, Vivo, Nomad, Omie e TotalPass, o que definirá a relevância nesse cenário não é a tecnologia em si, mas as competências humanas que ganham protagonismo.

A importância da adaptabilidade

De acordo com diferentes líderes do mercado, a transformação desloca o foco da técnica para habilidades como senso crítico, adaptabilidade e responsabilidade construtiva.

Essas capacidades são complexas, pois são construídas com uma soma de competências e atitudes que demandam profundidade no desenvolvimento, desde a base socioemocional da infância.

— Giuliano Amaral, CEO da Mileto

Willian Katamaya, líder de transformação organizacional da Vivo, também compartilha dessa perspectiva, reforçando a urgência de competências humanas em ambientes de alta tecnologia. Para ele, empresas buscam talentos capazes de navegar em mudanças rápidas com autonomia e pensamento crítico, uma demanda crescente em setores altamente digitalizados.

Lições aprendidas com os erros

Luiz Felipe Massad, CHRO da Omie, complementa que a capacidade de adaptação e de lidar com frustrações se tornou determinante. Ele ainda explica que foram justamente os fracassos que mais o ensinaram, e que quem aprende com as quedas e usa essas experiências para se levantar mais forte consegue ir mais longe.

Executivas como Erika Borges, da Amazon; Suzana Kubric, do Nubank; e Luiza Rubio, da Nomad; reforçam que as empresas estão cada vez mais em busca de jovens com curiosidade intelectual e vontade genuína de aprender. Para Giuliano, essa competência comportamental deveria ter espaço central na educação formal.

Colocar a ‘vontade de aprender’ como tema curricular seria uma revolução. É uma fonte de motivação interna que desperta autonomia, propósito e prazer pelo aprendizado. E isso tem impacto direto na empregabilidade, na carreira e na vida como um todo.

— Giuliano Amaral, CEO da Mileto

Emerson Martins, Head of HR Brazil do Google, destaca a importância de sua formação técnica para sua trajetória, facilitando sua vida universitária.

Em um mercado onde a tecnologia avança rapidamente, os especialistas apontam que as competências humanas – pensamento crítico, criatividade, capacidade de resolver problemas complexos e vontade contínua de aprender – serão os fatores decisivos para a empregabilidade.

O futuro da educação e do trabalho convergem em ser cada vez menos sobre trilhar caminhos pré-estabelecidos e mais sobre se engajar e ser capaz construir os próprios caminhos com propósito e para o bem coletivo.

— Giuliano Amaral, CEO da Mileto

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