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COP30: Ministro do Trabalho debate economia de baixo carbono

COP30: Ministro do Trabalho debate economia de baixo carbono

Belém (PA) – O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, defendeu a urgência da transição energética no Brasil, aliada à preparação dos trabalhadores para essa nova realidade. A declaração ocorreu durante a COP30, no painel “Programa Mover, eletrificação e criação de novos empregos”, a bordo do JAQ H1, o primeiro barco-escola a hidrogênio do mundo, em Belém.

Transição energética e capacitação

Durante o evento, Marinho ressaltou os avanços na indústria da navegação e o impacto positivo que iniciativas como a do JAQ podem ter globalmente. “Se conseguirmos espalhar essa tecnologia pelo mundo e fizermos rapidamente essa substituição de combustíveis, o impacto para o planeta será muito positivo”, afirmou.

Além disso, o ministro chamou a atenção para a necessidade de adaptar as condições de trabalho ao cenário climático, cada vez mais quente. Ele defendeu a revisão de normas de segurança e ações coordenadas entre governo, empresas e sindicatos para proteger os trabalhadores.

Temos que pensar no cidadão que está trabalhando. Quem realmente sofre é o trabalhador que, todos os dias, precisa exercer suas atividades sob calor. Se não cuidarmos primeiro das pessoas, não conseguimos seguir em frente com mais nada.

— Luiz Marinho, Ministro do Trabalho e Emprego

Marinho também citou medidas como pausas para hidratação, jornadas flexíveis e roupas adequadas como iniciativas para reduzir riscos sem comprometer a produtividade. Afinal, o foco é garantir a saúde e segurança dos trabalhadores.

Inovação e sustentabilidade na navegação

O idealizador do projeto JAQ Hidrogênio e presidente do Grupo Náutica, Ernani Paciornik, destacou a iniciativa como uma realidade cada vez mais próxima das empresas. “O JAQ H1 é uma demonstração concreta de que a descarbonização da navegação não é um discurso distante, mas uma escolha de investimento e de prioridade”, afirmou.

Lançamos essa ideia ao mundo a partir da Amazônia e esperamos que este seja apenas o primeiro passo de uma substituição em escala, em que cada motor a diesel trocado por uma solução limpa represente menos emissão, mais inovação e um ganho real e mensurável para o planeta e para as próximas gerações.

— Ernani Paciornik, Presidente do Grupo Náutica

O painel também contou com a participação de um diretor do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e de Daniel Conte, da GWM Academy, que discutiram as oportunidades de geração de empregos qualificados em áreas como eletrificação de frotas e novas tecnologias de propulsão.

Ancorado na Estação das Docas, o JAQ H1 foi projetado como um laboratório flutuante voltado à educação ambiental e às pesquisas sobre biomas marinhos e fluviais, integrando a primeira fase do projeto JAQ Hidrogênio.

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