Home / negócios / Escritórios contábeis: diagnóstico interno essencial para 2026

Escritórios contábeis: diagnóstico interno essencial para 2026

Escritórios contábeis: diagnóstico interno essencial para 2026

Com a chegada do último trimestre, escritórios contábeis se preparam para o fechamento do ano e projetam o desempenho para 2026. Contudo, a ineficiência operacional ainda é um grande gargalo de produtividade nas empresas de serviços.

No setor contábil, isso se traduz em retrabalho, erros de comunicação e acúmulo de tarefas manuais. Segundo levantamento da Productivity Institute e da Economist Intelligence Unit, esses fatores reduzem em até 38% a capacidade produtiva das equipes.

A importância do diagnóstico interno

Para Hygor Lima, especialista em gestão de processos e fundador da Potencialize Resultados, este é o momento de medir a real eficiência do negócio. “Muitos escritórios entram no fechamento do ano preocupados apenas com prazos fiscais, mas esquecem de revisar os próprios indicadores internos. O diagnóstico é o que revela onde se perde tempo, dinheiro e energia”, afirma.

Estudo mostra que cerca de 27% do tempo de trabalho é consumido com retrabalho e atividades repetitivas, muitas delas decorrentes da falta de padronização. Além disso, o Brasil ainda figura entre os países com maior desperdício de horas produtivas em rotinas administrativas, segundo o relatório Global Workforce Productivity 2024.

Impacto financeiro da falta de automação

De acordo com levantamento da McKinsey & Company, empresas que não automatizam processos de conferência e controle de dados podem gastar até 35% a mais em custo operacional do que aquelas que adotam sistemas integrados de gestão. Essa diferença tende a crescer com as exigências fiscais previstas para 2026, quando entram em vigor novas diretrizes de compliance e atualização tecnológica exigidas pela Receita Federal.

Como fazer um diagnóstico eficiente

Hygor destaca que o diagnóstico deve ir além da análise de performance de colaboradores e incluir todo o ecossistema operacional. “É preciso mapear tarefas manuais, identificar gargalos entre setores e compreender o tempo gasto em correções. A partir daí, o escritório consegue priorizar o que precisa ser ajustado e preparar um plano de ação concreto”, explica.

O especialista também aponta que a ausência de métricas claras de desempenho é um dos principais motivos que impedem o crescimento sustentável. “Não se trata de cobrar mais da equipe, mas de entender se a estrutura do escritório está adequada para as entregas que faz. Quem não mede, não melhora. E quem não melhora, perde competitividade em 2026”, afirma.

Recomendações para os próximos meses

Para os próximos meses, Hygor recomenda que os gestores realizem auditorias internas de processos, criem rotinas de revisão semanal e adotem indicadores de eficiência simples, como tempo médio de fechamento de tarefas e índice de retrabalho por colaborador. “Esses números contam uma história. E, a partir deles, é possível prever gargalos e evitar prejuízos antes que o novo ciclo comece”, conclui.

Nesse cenário, o diagnóstico interno se torna essencial para reduzir perdas e preparar os escritórios contábeis para 2026.

Marcado:

Deixe um Comentário