O uso de IA com modelos virtuais gerados por inteligência artificial vem crescendo no setor da moda, especialmente entre pequenas marcas comandadas por mulheres. Para essas empreendedoras, a tecnologia deixou de ser apenas tendência e passou a ser uma ferramenta estratégica: reduz custos, simplifica processos e amplia a capacidade de criar campanhas profissionais com agilidade.
Imagens são prioridade no e-commerce
A relevância das imagens de produtos no comércio eletrônico é incontestável. Segundo pesquisa da Etsy, elas são o fator número 1 para que compradores decidam pela compra. No Brasil, levantamento da Photoroom com vendedores mostra que 57% trocam as imagens de seus anúncios a cada três meses e 79% utilizam mais de um tipo de fotografia para destacar produtos. Entre as preferências, 36% optam por fundos brancos, 25% preferem fotos ambientadas e 53% valorizam o uso de iluminação diferenciada. Esses números indicam que os consumidores não apenas buscam qualidade visual, mas também diversidade e criatividade na apresentação das peças, algo que muitas pequenas marcas não conseguem atingir apenas com sessões fotográficas tradicionais.
Segundo Matt Rouif, CEO da Photoroom, editor de imagens que possui ferramentas de modelos virtuais de IA, “o debate é necessário e deve continuar, mas é importante enxergar que essas tecnologias não substituem a criatividade humana. Elas oferecem meios de produzir imagens de qualidade para empreendedores que antes não tinham acesso a isso.”
IA como ferramenta de democratização
Para pequenas marcas brasileiras, isso significa poder atualizar campanhas de forma rápida, gerar conteúdos consistentes para marketplaces e redes sociais, e atender a demandas de público que espera ver representatividade em tipos de corpo, tons de pele e estilos variados.
Pense em uma marca de moda voltada para jovens adultas, que lança cerca de 30 peças por temporada, com orçamento limitado para fotografia profissional. Antes, a empreendedora precisava recorrer a fotos caseiras ou flat lays que pouco destacavam suas peças nos marketplaces. Com modelos virtuais de IA, é possível criar imagens realistas e variadas, mostrando as roupas em diferentes corpos, poses e cenários, sem precisar organizar longas sessões fotográficas, contratar modelos ou alugar estúdios caros. Isso reduz custos, acelera o tempo de lançamento e aumenta a competitividade da marca.
O maior impacto da IA não é apenas acelerar a produção de imagens, mas democratizar o acesso a um material visual de qualidade que antes era exclusivo de grandes marcas. Ela permite que qualquer marca pequena ou média participe de um mercado competitivo com recursos que antes estavam fora de alcance.
— Matt Rouif, CEO da Photoroom
Diversidade e representatividade
Para as empreendedoras, a IA se tornou uma aliada na construção de marcas mais diversas e representativa. Além disso, estudos mostram que experiências virtuais podem elevar conversões e reduzir devoluções, fortalecendo a confiança do consumidor, um desafio constante para quem empreende no e-commerce.
A tecnologia também beneficia marcas sustentáveis, que precisam comunicar propósito sem ampliar custos. Com modelos virtuais, empreendedoras conseguem criar imagens consistentes, diversas e alinhadas à identidade da marca em poucas horas.
A presença crescente de modelos virtuais de IA indica que o futuro da moda digital não está apenas nas passarelas ou em campanhas de luxo, mas também nas pequenas empresas que aprendem a usar a tecnologia para inovar, representar diversidade e responder rapidamente às exigências do comércio online.
Com consumidores cada vez mais exigentes e atentos à representatividade, ferramentas de IA podem se tornar um diferencial competitivo essencial para que pequenas marcas consigam se destacar em um mercado saturado, conectando qualidade visual, agilidade e inclusão em uma mesma estratégia.
