A relação entre moda e comportamento se transformou com a ascensão das redes sociais. Atualmente, as tendências não emergem apenas de passarelas, mas também de vídeos curtos e criadores digitais que influenciam diretamente o vestuário feminino.
Aceleração das Tendências
Um estudo da McKinsey, o State of Fashion 2024, revela que o ciclo de tendências está até três vezes mais rápido devido ao impacto do consumo e das plataformas digitais em tempo real.
Nesse cenário, a opinião de especialistas no mundo da moda ganha ainda mais importância. Rita De Marchi, empresária com experiência no varejo de moda e análise de estilo, observa como as plataformas digitais moldam percepções estéticas e alteram a construção da identidade visual.
A velocidade das tendências é um dos aspectos mais notáveis da era digital. Estéticas como clean girl e old money se espalham rapidamente, gerando padrões que duram poucas semanas. Para Rita, é crucial que as mulheres filtrem essas influências.
A internet oferece inúmeras referências, mas nem tudo dialoga com a vida real. O desafio é identificar o que faz sentido para o estilo pessoal, e não apenas repetir o que viraliza.
— Rita De Marchi, fundadora da Impressionata Acessórios de Luxo
A empresária destaca que o excesso de estímulos pode levar à perda de autenticidade, especialmente para mulheres que buscam amadurecer seu estilo. Além disso, as redes sociais ampliaram o acesso à moda de forma democrática.
Democratização do Acesso à Moda
Estilos antes restritos a editoriais são explicados por especialistas e influenciadores, proporcionando educação estética e ampliando a autonomia das consumidoras e amantes da moda.
Tutoriais e análises de estilo auxiliam mulheres a compreender proporções, cores e combinações. De acordo com Rita, esse movimento fortalece o autoconhecimento.
Quando a mulher entende por que gosta de determinadas peças, ela faz escolhas mais conscientes e constrói um estilo alinhado à própria identidade.
— Rita De Marchi, fundadora da Impressionata Acessórios de Luxo
A era digital também consolidou o papel das influenciadoras maduras. Perfis de mulheres acima dos 40 anos ganham espaço, oferecendo uma perspectiva realista e sofisticada da moda cotidiana. Isso desafia estereótipos e abre espaço para representações diversas de beleza e estilo.
Moda como Comunicação
Atualmente, a roupa comunica posicionamento, humor e valores. O diferencial nas redes sociais é a escala e a velocidade dessa comunicação. A cada nova estética viral, milhões de mulheres são expostas a referências que definem o que é considerado “desejável”.
À medida que a era digital continua a moldar o comportamento de consumo e a estética feminina, o desafio é transformar o excesso de referências em autoconhecimento, e não em pressão. As redes sociais podem ditar tendências, mas é no espelho e na consciência de estilo que o verdadeiro senso de identidade se confirma.






