A recente declaração de Roseana Sarney sobre seu tratamento contra um câncer de mama triplo-negativo, um subtipo raro e agressivo, reacendeu o debate sobre a importância do diagnóstico precoce. Roseana descobriu a doença durante um check-up, após apresentar sintomas como perda de peso.
Diagnóstico Precoce: Mamografia é Essencial
Especialistas da Oncoclínicas enfatizam a necessidade de investigar sinais aparentemente inespecíficos. Além disso, eles ressaltam que a mamografia continua sendo o exame mais eficaz para detectar tumores em estágios iniciais.
A mamografia continua sendo o exame mais importante no rastreamento do câncer de mama. Ela permite identificar alterações ainda silenciosas e oferece a possibilidade de intervenções menos agressivas e mais efetivas.
— Luciana Landeiro, oncologista da Oncoclínicas
No entanto, o acesso à mamografia ainda é um desafio no Brasil. Um estudo (AMAZONA) revelou que mais de 70% dos diagnósticos de câncer de mama no país ocorrem em estágios avançados, impactando negativamente as chances de cura.
Desafios no Acesso à Mamografia
A desigualdade no acesso à mamografia é um problema crítico. É fundamental ampliar a oferta de mamógrafos e garantir que todas as pessoas em risco possam realizar o exame regularmente.
O acesso ao rastreamento é uma questão central. Precisamos ampliar a oferta de mamógrafos e garantir que todas as pessoas em risco tenham condições de realizar o exame. Essa é uma das chaves para mudar a realidade atual e reduzir a mortalidade pela doença.
— Guilherme Novita, mastologista da Oncoclínicas.
Tratamento Integral e Avanços
O tratamento do câncer de mama deve ser abrangente, combinando segurança clínica e suporte emocional. Um cuidado humanizado promove uma melhor adesão às terapias e garante mais qualidade de vida.
Além disso, os avanços nos tratamentos, como terapias-alvo e imunoterapia, têm proporcionado abordagens mais eficazes e com menos efeitos colaterais.
Futuro Promissor no Tratamento do Câncer de Mama
A oncologia caminha para uma era mais personalizada, com foco não apenas em prolongar a vida, mas também em garantir a qualidade de vida. Estudos recentes apresentaram novidades como terapias mais direcionadas e monitoramento precoce da resistência aos medicamentos.
A biópsia líquida, por exemplo, é um avanço que possibilita decisões mais rápidas e personalizadas, aumentando as chances de controle da doença. No câncer de mama triplo-negativo, a combinação de anticorpos conjugados a droga com imunoterapia mostrou um ganho importante no tempo de controle da doença.
Quanto mais conseguimos individualizar os tratamentos, maior a chance de oferecer não apenas eficácia, mas também qualidade de vida. O futuro do cuidado às pessoas com câncer de mama é guiado pela ciência, mas também pelo olhar humano, que considera o impacto do tratamento no dia a dia de cada pessoa.
— Luciana Landeiro, oncologista da Oncoclínicas
