A B4, primeira Bolsa de Ação Climática do Brasil, anunciou que não participará da COP30, que será realizada em Belém, Pará. A decisão se deve a problemas organizacionais e à falta de compromisso da organização do evento em relação à compensação de emissões de carbono.
Transparência e Responsabilidade Ambiental
Segundo Odair Rodrigues, CEO da B4, seria incoerente para a instituição participar de um evento que não prioriza a transparência e a efetividade no mercado de créditos de carbono. Apesar da ausência oficial, a B4 estará presente na Conferência das Partes como representante da sociedade civil.
Dessa forma, a empresa pretende acompanhar as atividades, os acordos e as ações que surgirem do encontro, reforçando seu compromisso com a fiscalização e o incentivo a práticas de sustentabilidade e responsabilidade ambiental. O objetivo é garantir que as metas discutidas se transformem em resultados efetivos para o clima do planeta.
Aporte de recursos e expectativas
Até o momento, o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), liderado pelo Brasil, alcançou aproximadamente US$ 5,5 bilhões em compromissos de aporte. A meta é chegar a US$ 10 bilhões até o final da COP30, com a expectativa de mobilizar até US$ 125 bilhões, incluindo aportes privados.
Vamos trabalhar e acompanhar a destinação desses recursos para que eles cheguem a quem realmente precisa atuar na mudança da matriz energética.
— Odair Rodrigues, CEO da B4
Além disso, a empresa oferece um diagnóstico gratuito da pegada de carbono para as primeiras mil empresas inscritas em sua plataforma. A iniciativa visa democratizar o acesso ao mercado de ativos sustentáveis e estimular ações concretas.
Mercado de Carbono em Expansão
De acordo com a Precedence Research, o mercado global de carbono deve atingir US$ 933,23 bilhões em 2025, com projeção de crescimento para US$ 16,38 trilhões até 2034. No Brasil, o mercado voluntário também está em expansão, com transações que chegaram a quase US$ 2 bilhões em 2021.
COP30 na Amazônia
A COP, que ocorrerá entre 10 e 21 de novembro de 2025, será a primeira realizada na Amazônia e deve atrair mais de 40 mil visitantes. O evento oferece ao Brasil uma plataforma importante para fortalecer sua posição na política internacional sobre mudanças climáticas e ações de conservação ambiental.
Para as empresas, participar dos debates é uma oportunidade de construir reputação e ampliar redes com stakeholders dos setores público, privado e da sociedade.
A B4 é a ponte entre as empresas que querem reduzir sua pegada de carbono e as soluções disponíveis. Trabalhamos para apoiar e manter as organizações comprometidas com práticas sustentáveis para o meio ambiente e para a população.
— Odair Rodrigues, CEO da B4






