No cenário corporativo atual, a educação corporativa assume um papel crucial, transformando empresas em verdadeiras “escolas”. Essa abordagem, que visa fortalecer a cultura organizacional, impulsiona o aprendizado contínuo e o engajamento dos colaboradores.
O poder da cultura de aprendizado
Um estudo global da McKinsey aponta que empresas com culturas fortes e foco no aprendizado constante têm até três vezes mais chances de alcançar alto desempenho. Além disso, apresentam 30% mais probabilidade de crescimento sustentável. Nesse contexto, o conceito de “empresa que ensina” ganha destaque. Líderes e colaboradores se tornam instrutores uns dos outros, promovendo inovação e retenção de talentos.
Alexandre Slivnik, especialista em excelência de serviços e vice-presidente da ABTD, ressalta a importância desse modelo. Segundo ele, empresas que cultivam a aprendizagem contínua se tornam polos de transformação cultural. “Quando a empresa assume o papel de educadora, ela forma pessoas mais preparadas e comprometidas”, explica Slivnik. “Líderes deixam de ser apenas gestores e passam a atuar como mentores e multiplicadores de conhecimento”.
Mentoria e capacitação interna
Dados da PwC revelam que 79% dos CEOs brasileiros consideram a falta de habilidades nas equipes um grande desafio. Programas de mentoria e capacitação interna surgem como soluções eficazes. A Association for Talent Development (ATD) indica que empresas que investem em treinamentos estruturados podem registrar até 218% de melhoria nos resultados dos colaboradores.
Cultura como valor central
Slivnik reforça que o aprendizado constante é um ato de cultura, não apenas uma questão técnica. “As empresas que se destacam são aquelas que fazem da educação um valor central”, afirma. “Elas criam espaços de troca, incentivam o protagonismo e reconhecem os ‘professores internos’, colaboradores que compartilham experiências e inspiram o crescimento dos outros”.
Entre as práticas mais eficazes, destacam-se os programas de mentoria e as lideranças instrutoras. Gestores que orientam e aprendem com suas equipes em um processo colaborativo são fundamentais. “O líder-educador cria um ambiente de segurança psicológica, no qual o erro é visto como oportunidade de aprendizado”, completa Slivnik. “Isso fortalece a cultura de confiança e engajamento”.
Impacto nos resultados e no encantamento do cliente
O impacto da educação corporativa é visível tanto nos indicadores internos quanto no relacionamento com os clientes. Uma pesquisa da Gallup mostra que equipes que recebem reconhecimento e capacitação frequentes são até três vezes mais engajadas. Além disso, contribuem para um aumento de até 24% na rentabilidade das empresas.
Para Slivnik, a educação corporativa é o novo encantamento. “Ensinar é a forma mais genuína de encantar”, conclui. “Quando líderes compartilham conhecimento e ajudam as pessoas a evoluírem, despertam nelas o sentimento de pertencimento e propósito. E o colaborador encantado é quem leva essa energia para o cliente”.






