Em seu novo livro, ‘O Olho de Gibraltar’, Sergio P. Rossoni transporta o leitor para um mundo à beira do colapso, recriando a tensão que antecedeu a Primeira Guerra Mundial. Neste romance histórico, segredos e alianças são as maiores armas.
Intriga internacional e espionagem
A trama se inicia com a destruição de um dirigível no Norte da África e a morte de um agente portando uma substância misteriosa. Tal cenário desencadeia uma rede de espionagem internacional, com reflexos surpreendentes no século XXI.
Rossoni, que foi vencedor do Prêmio ABERST 2024 na categoria Narrativa Longa de Suspense, demonstra como a desinformação e as narrativas de guerra se manifestavam muito antes da era da internet.
Um olhar sobre a trama
Quando um dirigível prussiano é destruído na fronteira entre a Argélia e o Marrocos, o ex-combatente britânico Benjamin Young se vê envolvido em um intrincado esquema de espionagem. O assassinato de um agente egípcio, que carregava uma substância química desconhecida, o coloca no centro de uma teia de conspirações.
Em um cenário geopolítico instável, Benjamin é impulsionado por seu senso de justiça e se relaciona com personagens complexos, como Namira Dhue Baysan, Umar Yasin e Klotz Von Rosenstock. Cada um deles esconde segredos que incentivam o leitor a desconfiar até mesmo dos aliados.
Romance em tempos de guerra
Cenas de introspecção e romance se entrelaçam com os conflitos da época. Enquanto Benjamin e Namira vivem um romance intenso, o mundo ao redor se prepara para a guerra, com batalhas aéreas e perseguições no deserto.
Um simples atraso, quando temos um espião em algum lugar deste maldito deserto levando para os seus aliados uma amostra do nosso segredo, pode botar tudo a perder. — O Olho de Gibraltar, p. 180 e 181
Ficção histórica com precisão
Formado em História, Sergio P. Rossoni apresenta a realidade de forma que os personagens são impactados por eventos do início do século XX. Com detalhes precisos, o romance aborda a colonização no Norte da África, as crises no Marrocos e nos Bálcãs, as rotas comerciais e até mesmo figuras históricas reais, como Hupert Lyautey.
Além disso, o autor explica sua intenção com a obra:
A minha intenção não foi a de escrever um romance histórico preciso dos eventos que marcaram a humanidade, mas, sim, contar uma história fictícia de aventura, romance e espionagem que pudesse passar ao leitor o espírito, o clima e os sentimentos deste período tão conturbado. — Sergio P. Rossoni, escritor





