A inteligência artificial (IA) deixou de ser uma promessa e se tornou realidade nas empresas. Uma pesquisa da McKinsey (2024) aponta que 72% das empresas globais já utilizam alguma forma de IA em seus processos. Contudo, a maioria foca em automação e chatbots genéricos, gerando competição por preço e performance, um “oceano vermelho”. Nesse cenário, a Estratégia do Oceano Azul surge como um novo caminho: criar espaços inexplorados de valor, unindo tecnologia, propósito e experiência humana.
Repensando a aplicação da IA
Aplicar essa lógica à IA exige uma mudança de mentalidade. Em vez de replicar modelos prontos, as empresas devem identificar problemas reais não resolvidos pelos sistemas tradicionais. O relatório State of AI in 2024, também da McKinsey, revela que apenas 23% das organizações que usam IA alcançaram impacto financeiro relevante. Ou seja, o potencial da tecnologia está na personalização e na capacidade de agir com inteligência contextual.
Modelos de linguagem como base
Nesse contexto, os modelos de linguagem (LLMs) são a base. Ferramentas como os GPTs da OpenAI ou o Gemini, do Google, oferecem a infraestrutura técnica. Entretanto, o diferencial competitivo surge quando essas soluções são integradas aos dados e processos internos das empresas. A Deloitte (2024) afirma que empresas que personalizam seus modelos de IA com dados próprios têm ganhos de eficiência até 30% superiores às que usam soluções genéricas.
Isso ocorre porque agentes de IA ajustados ao “DNA da marca” compreendem o tom de voz, a jornada do cliente e as metas do negócio, criando um ativo de valor estratégico, e não apenas operacional.
Investimento estratégico e originalidade
Críticos podem considerar arriscado ou caro inovar, mas os dados mostram o contrário. O Fórum Econômico Mundial (2024) estima que, até 2030, 70% do valor econômico gerado pela IA virá da personalização e da automação inteligente, áreas onde a Estratégia do Oceano Azul se destaca. Portanto, investir em soluções que ampliam a experiência e a empatia, em vez de apenas reduzir custos, posiciona a empresa em uma trajetória de crescimento sustentável.
O desafio é cultivar originalidade em um ambiente de replicações. Criar um oceano azul em IA não é apenas competir de forma mais eficiente, mas de maneira diferente. É mudar o foco da quantidade de interações para a qualidade das soluções, da rapidez das respostas para a profundidade da compreensão. Significa transformar agentes de IA em agentes de valor, capazes de antecipar necessidades, gerar insights estratégicos e reforçar a experiência humana.
O futuro da IA com propósito
O futuro das empresas que seguirem essa rota é promissor. Ao aplicar a Estratégia do Oceano Azul no desenvolvimento de agentes e modelos de linguagem, elas deixam para trás a disputa pela automação básica e passam a liderar a criação de uma nova economia de inteligência, mais contextual, empática e orientada ao impacto real. Nesse oceano azul, não vence quem fala mais alto, mas quem entende melhor. Essa capacidade de escuta profunda será o diferencial que definirá os protagonistas da próxima década.
Ao aplicar a Estratégia do Oceano Azul no desenvolvimento de agentes e modelos de linguagem, elas deixam para trás a disputa pelo território da automação básica e passam a liderar a criação de uma nova economia de inteligência, mais contextual, empática e orientada ao impacto real.
— Alexandre Kohatsu, CRO da Mobcall






