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IA exige habilidades humanas: Google e Nubank revelam o futuro do trabalho

IA exige habilidades humanas: Google e Nubank revelam o futuro do trabalho

A transformação do mercado de trabalho impulsionada pela Inteligência Artificial já é realidade. No entanto, o desafio central reside no fator humano. Essa foi a principal conclusão das discussões lideradas por Giuliano Amaral, CEO da Mileto, durante a Educa Week 2025. Ele entrevistou líderes de empresas como Google, Nubank e Amazon para debater o futuro das profissões e da educação.

Competências humanas em destaque

Segundo os executivos, as novas tecnologias exigem competências que vão além das habilidades técnicas. A revolução da IA nas empresas torna indispensáveis o senso crítico e a responsabilidade construtiva. Ou seja, a capacidade de identificar falhas, propor soluções e construir respostas completas para problemas reais.

As tarefas isoladas estão sendo automatizadas. O que vai diferenciar o profissional é a habilidade de identificar necessidades, propor soluções e construir algo do início ao fim — Giuliano Amaral, CEO da Mileto.

Amaral complementa que essas capacidades são complexas, construídas com um conjunto de competências e atitudes que demandam desenvolvimento desde a base socioemocional da infância.

Mudança estrutural na formação de talentos

O debate reflete uma mudança estrutural na formação de talentos. De acordo com o Fórum Econômico Mundial (2023), 44% das habilidades atuais dos trabalhadores mudarão até 2027. Além disso, um relatório da McKinsey aponta que até 30% das atividades humanas poderão ser automatizadas até 2030. Nesse cenário, o aprendizado contínuo e a adaptabilidade se tornam diferenciais essenciais.

A capacidade de adaptação, o aprendizado constante e a resiliência diante das frustrações são o que mais diferencia os profissionais hoje — Luiz Felipe Massad, Chief Human Resources Officer da Omie.

Massad ainda destaca que os fracassos são grandes mestres. “Quem aprende com as quedas e usa essas experiências para se levantar mais forte vai mais longe”, completa.

Vontade de aprender como diferencial

Outros líderes, como Erika Borges (Amazon), Suzana Kubric (Nubank) e Willian Katamaya (Vivo), reforçaram que as empresas estão cada vez mais em busca de jovens com mentalidade aberta, curiosidade intelectual e vontade genuína de aprender. Essa competência comportamental, segundo Giuliano, deveria ocupar espaço central nos currículos escolares.

Colocar a ‘vontade de aprender’ como tema curricular seria uma revolução. É uma fonte de motivação interna que desperta autonomia, propósito e prazer pelo aprendizado. E isso tem impacto direto na empregabilidade, na carreira e na vida como um todo — Giuliano Amaral, CEO da Mileto.

Podcast “Futuro do Trabalho”

A Educa Week e a Mileto lançaram no dia 13 de novembro o podcast “Futuro do Trabalho”, com 13 episódios. O material reúne todas as entrevistas realizadas no evento com os líderes de RH de empresas referência no país. O primeiro episódio, com Emerson Martins, Head of HR Brazil do Google, está disponível no Spotify e no YouTube do Educa Week.

Em sua participação, Emerson pontuou que o ensino médio técnico facilitou bastante a vida universitária dele, pois já entrou “jogando”.

Giuliano reforça o poder transformador do conteúdo das entrevistas, que coincide com o livro The Disengaged Teen, de Jenny Anderson e Rebecca Winthrop: “Mais do que nunca, o que crianças precisam agora é serem melhores em aprender”.

O futuro da educação e do trabalho

Em um mundo de mudanças rápidas, o que importa é desenvolver mentes críticas, criativas e conscientes — capazes de aprender e reaprender continuamente. Afinal, de acordo com Giuliano, o futuro da educação e do trabalho convergem em ser cada vez menos sobre trilhar caminhos pré-estabelecidos e mais sobre se engajar e ser capaz construir os próprios caminhos com propósito e para o bem coletivo.

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