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IA no conselho: prepare a inteligência humana, diz especialista

IA no conselho: prepare a inteligência humana, diz especialista

A governança corporativa de uma organização pressupõe planejamento estratégico, eficiência nos processos técnicos, visão sistêmica e comunicação. Além disso, é preciso considerar fatores humanos como inteligência emocional, gestão do tempo e valorização das pessoas.

A importância da transformação digital

É preciso, contudo, combinar todos esses elementos com inovação tecnológica. Ou seja, a governança corporativa deve também passar por uma transformação digital, com a incorporação de soluções de ponta e investimentos em tecnologia.

Isso inclui a cada vez mais famosa Inteligência Artificial. Recentemente, o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) elaborou um material específico sobre o tema, o “Guia de Inteligência Artificial para Conselhos de Administração”.

Antes que se pense em substituir conselheiros por robôs, já digo que não é nada disso. Trata-se, sim, de trazer a Inteligência Artificial para o Conselho de Administração para municiar os conselheiros com dados, instrumentos e análises fundamentais para a tomada de decisões.

Aos conselhos de administração das empresas cabe, diante da cada vez mais onipresença da Inteligência Artificial em nossas vidas, “definir a visão e estabelecer as diretrizes estratégicas para a adoção da IA na organização”.

— Guia de Inteligência Artificial para Conselhos de Administração, IBGC

O texto continua: “São responsabilidades que envolvem a definição da visão para IA, governança e gestão de riscos, engajamento de stakeholders e transparência e conformidade, entre outros tópicos”.

Prepare a inteligência humana

Não é, portanto, momento para estar reticente ou avesso à Inteligência Artificial. É preciso preparar a Inteligência Humana para melhor explorar a IA. Para entender como ela pode ser útil, benéfica e, por isso mesmo, indispensável a uma governança corporativa de verdade, comprometida com os preceitos de ESG e promotora de um crescimento sustentável interna e externamente.

A governança corporativa alinhada ao mundo contemporâneo vai muito além de fluxos e processos técnicos, ainda que automatizados, ágeis e assertivos. Envolve a capacidade de alinhar visão sistêmica, comportamento humano e inovação para construirmos um futuro sustentável e eficiente.

Inovação é tema central

Inovação não é, pois, tema apenas do setor de TI da empresa. Inovação e transformação digital devem ser entendidas, compreendidas e assumidas pelo Conselho de Administração. Conselheiros terão uma visão muito mais abrangente e sistêmica da sua organização se dispuser de profundidade de dados e suas análises. Isso, a IA é capaz de nos fornecer como ninguém.

Ignorar, torcer o nariz, dispensar transformação digital e Inteligência Artificial nas práticas e procedimentos de governança corporativa é ficar para trás. Em mercados altamente competitivos, a fobia a inovações tecnológicas pode custar muito.

*Marcelo Silva é diretor de TI Projetos e Inovação da Reymaster Materiais Elétricos

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