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IA no varejo: Brasil lidera experimentação e testes, aponta congresso

IA no varejo: Brasil lidera experimentação e testes, aponta congresso

O Brasil se consolida como um campo de testes global para a Inteligência Artificial no varejo digital, adotando a experimentação como motor de produtividade, em contraste com o conservadorismo de outros mercados. Essa foi a principal conclusão do Congresso Indústria Digital 2025, que reuniu especialistas para debater o tema.

Brasil como protagonista na experimentação com IA

O debate, que ocorreu no palco Yalo, contou com a participação de Anaísa Catucci (CanalTech/Magalu), Thiago Furbino (Abiacom) e Andres Stella (Yalo). Os especialistas convergiram na visão de que, enquanto grandes economias globais lidam com a regulamentação e a tradução das tendências, o mercado brasileiro, especialmente no varejo, abraça a experimentação como motor de produtividade.

Apesar da apreensão internacional em relação à aplicação da IA e à proteção de dados, o Brasil demonstra um apetite por inovação na prática dentro das empresas. Thiago Furbino ressalta a importância da maturidade de dados antes de qualquer decisão.

Antes de tomarmos qualquer decisão, precisamos ter uma maturidade de dados. Falamos sobre isso em 2024, na última edição da NRF, e agora vivemos a realidade da experimentação. Isso revela que nós, brasileiros, gostamos de ser os pioneiros e para isso, não podemos terceirizar a IA. Precisamos tratar essa tendência com seriedade, governança e ética para garantir sua eficácia ao ser implementada.

— Thiago Furbino, founder TL.MF e diretor da Abiacom

Infraestrutura e foco estratégico são cruciais

Andres Stella, COO da Yalo, complementa que a América Latina avançou no digital de forma acelerada, “pulando uma etapa” ao ir direto para o mobile, o que deixou o varejo mais preparado. No entanto, ele alerta para o perigo do “hype” e a necessidade de infraestruturas sofisticadas.

O segredo para que a adoção de inteligência artificial não vire hype, contornando os desafios da segurança dos dados, é investir em uma boa infraestrutura. É importante ter conhecimento de que a implementação irá impulsionar a produtividade a partir da experimentação, das demos e então, tomar a decisão de adotá-la, porque o concorrente pode já estar decidido.

— Andres Stella, COO da Yalo

Assistente virtual do Magalu como exemplo de sucesso

Um exemplo de sucesso da aplicação de agentes inteligentes no varejo foi o assistente virtual do Magazine Luiza, abordado por Anaísa Catucci. Ela enfatizou a importância da comunicação para impulsionar o potencial da IA, que hoje interage por múltiplos canais, indo além da simples transação comercial.

Para o setor, Stella indicou uma tendência de foco que já se provou eficaz: os agentes de vendas. São eles que impulsionam a produtividade, as vendas e a qualidade do atendimento, entregando a oferta ideal para o cliente certo, reduzindo custos e fricções ao longo da jornada de compra.

Em um cenário onde 95% dos casos de uso implementados falham por falta de estrutura, a mensagem central é clara: o Brasil está pronto para testar e inovar, mas o sucesso da IA no comércio digital depende de uma base sólida de dados, governança, segurança e o foco estratégico em casos de uso que realmente impulsionem o negócio, como a atuação de agentes de vendas e a melhoria do end-to-end da jornada do cliente.

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