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Pesquisa revela que 3 em cada 10 influenciadores não lucram com conteúdo

Pesquisa revela que 3 em cada 10 influenciadores não lucram com conteúdo

Uma pesquisa recente revelou um cenário desafiador para muitos criadores de conteúdo: 3 em cada 10 influenciadores ainda não conseguem monetizar suas produções. O estudo “Creators e Negócios 2025”, realizado pela YouPix, mostra que 28,17% dos influenciadores no Brasil não obtêm renda com o que criam.

Polarização na renda dos influenciadores

Os dados da pesquisa também indicam uma crescente polarização na renda dos influenciadores. Enquanto o número de criadores que ganham menos de R$ 2 mil por mês aumenta, o grupo que fatura acima de R$ 50 mil também se fortalece. Em contrapartida, a faixa intermediária, com rendimentos entre R$ 2 mil e R$ 10 mil, perde representatividade.

De acordo com o levantamento, 22,53% dos criadores ganham até R$ 2 mil mensais, e 23,61% estão na faixa entre R$ 2 mil e R$ 5 mil. Isso significa que quase metade dos influenciadores no Brasil recebe menos de R$ 5 mil por mês com a criação de conteúdo.

Profissionalização como chave para o sucesso

Para Fabio Gonçalves, diretor de talentos brasileiros e norte-americanos da Viral Nation, o estudo reflete um momento de amadurecimento e, ao mesmo tempo, de saturação no mercado. “O número de criadores cresce em ritmo acelerado, mas a monetização ainda depende de estratégia, posicionamento e entendimento do que as marcas buscam hoje. Muita gente entra na profissão com foco apenas na criatividade, mas esquece que o conteúdo também precisa ser encarado como um negócio”, afirma.

A profissionalização é o divisor de águas. Criadores que entendem seu nicho, investem em uma identidade própria e mantêm constância nas publicações tendem a atrair mais oportunidades. É preciso pensar o conteúdo com visão empreendedora, e não apenas criativa.

— Fabio Gonçalves, diretor de talentos da Viral Nation

Jornada dupla e a busca por espaço

Além disso, o estudo também revela que 17% dos criadores que faturam entre R$ 5 mil e R$ 20 mil ainda precisam manter uma jornada dupla de trabalho, o que demonstra que, para muitos, a carreira de influenciador ainda não é financeiramente sustentável. Segundo Fabio, esse cenário evidencia uma divisão cada vez mais nítida entre uma elite consolidada e um grupo que ainda busca seu espaço no mercado.

“Há uma parcela de criadores que conseguiu escalar ganhos, diversificar receitas e se estruturar como empresa. Mas, por outro lado, muitos ainda não conseguiram se sustentar e acabam voltando para faixas de renda mais baixas. É uma curva natural de amadurecimento do mercado, mas também um alerta para quem quer se destacar”, observa.

Dicas para se destacar no mercado de influência

Para os novos criadores que desejam se destacar, Fabio Gonçalves recomenda apostar na autenticidade e na consistência, além de compreender bem o público-alvo. “Mais do que seguidores, o que as marcas procuram é engajamento real. Influenciadores que constroem uma comunidade e mantêm uma comunicação transparente têm mais chances de converter visibilidade em negócios”, explica.

Ademais, ele também enfatiza a importância de se manter atualizado sobre as últimas tendências e formatos, como o crescente uso de vídeos curtos e a aplicação de inteligência artificial na produção de conteúdo.

Ao alcançar um nível maior de profissionalização, o suporte de um agente e de uma agência especializada pode fazer toda a diferença. “Quando o creator tem uma equipe por trás, pode se concentrar em produzir o melhor conteúdo possível, enquanto nós cuidamos da parte estratégica, fechando campanhas, analisando oportunidades e garantindo que ele cresça de forma estruturada e sustentável”, completa Fabio.

De acordo com o especialista, as agências especializadas também têm adaptado sua atuação para acompanhar esse novo momento do mercado. “Na Viral Nation, por exemplo, nosso papel vai além da negociação de campanhas. Acompanhamos a evolução dos talentos, oferecemos suporte estratégico e ajudamos a construir carreiras sustentáveis. Essa nova realidade exige que tanto agências quanto criadores estejam preparados para um mercado mais exigente, mas também cheio de oportunidades”, finaliza.

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