Em seu novo romance, O Olho de Gibraltar, o escritor Sergio P. Rossoni transporta o leitor para o tenso cenário da Europa às vésperas da Primeira Guerra Mundial. A obra, que mescla romance, investigação e espionagem, utiliza o contexto histórico para criar uma trama envolvente e repleta de mistérios.
Um enredo de espionagem e romance
A história tem início quando um dirigível prussiano é destruído na fronteira entre a Argélia e o Marrocos. O ex-combatente britânico Benjamin Young se vê envolvido em um intrincado esquema de espionagem internacional. Além disso, ele testemunha o assassinato de um agente egípcio que carregava uma substância química desconhecida. Assim, o protagonista, conhecido como O Olho de Gibraltar, é lançado no centro de uma rede de conspirações.
No entanto, em meio à instabilidade geopolítica, Benjamin é impulsionado por seu senso de justiça. Ele interage com personagens complexos, como Namira Dhue Baysan, uma mulher cativante e perigosa que o seduz; Umar Yasin, um guerreiro berbere cuja lealdade se destaca no ambiente hostil; e Klotz Von Rosenstock, que planeja defender a supremacia prussiana. Cada um guarda segredos que, aos poucos, vêm à tona, incentivando o leitor a desconfiar de todos.
Intimidade em tempos de guerra
Cenas de introspecção, romance e intimidade se entrelaçam com os conflitos entre as nações. Enquanto Benjamin e Namira vivenciam um romance intenso, eles enfrentam batalhas aéreas, perseguições no deserto e encontros secretos. Os personagens buscam conexões em um mundo à beira do caos.
Um simples atraso, quando temos um espião em algum lugar deste maldito deserto levando para os seus aliados uma amostra do nosso segredo, pode botar tudo a perder. E pelo que sei, isso foi um erro do seu lado, Jafar. — Klotz Von Rosenstock, personagem de ‘O Olho de Gibraltar’
A precisão histórica na trama
Formado em História e autor de romances histórico-policiais, Sergio P. Rossoni integra a realidade à trama, de forma que os personagens são impactados por eventos do início do século XX. O romance detalha a colonização no Norte da África, as crises no Marrocos e nos Bálcãs, as rotas comerciais e até mesmo figuras históricas reais, como Hupert Lyautey.
Além disso, Rossoni explica sua intenção ao escrever o livro:
A minha intenção, porém, não foi a de escrever um romance histórico preciso dos eventos que marcaram a humanidade, mas, sim, contar uma história fictícia de aventura, romance e espionagem que pudesse passar ao leitor o espírito, o clima e os sentimentos deste período tão conturbado. — Sergio P. Rossoni, escritor





