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Tecnologia e inovação: como evitar armadilhas nas empresas?

Tecnologia e inovação: como evitar armadilhas nas empresas?

A tecnologia é um dos maiores motores da inovação, mas pode se tornar um freio se não for utilizada corretamente. Em vez de alavancar o desenvolvimento, a tecnologia pode acabar travando a inovação, especialmente em tempos de transformação digital. Alexandre Pierro, especialista em gestão da PALAS, explica como evitar que isso aconteça.

Afinal, como a tecnologia trava a inovação?

Segundo uma pesquisa da McKinsey, a adoção de Inteligência Artificial (IA) cresceu de 55% para 72% globalmente entre 2023 e 2024. No Brasil, um estudo da IDC revelou que 58% das empresas já utilizam IA, e 32% se consideram preparadas para aproveitá-la nos próximos dois anos. No entanto, Pierro questiona o senso crítico em relação ao entendimento da IA e à veracidade das informações compartilhadas pelas redes neurais.

De acordo com o especialista, a falta de critério na adoção da IA pode gerar uma dependência perigosa, em vez de um investimento inteligente. “Imagine esse movimento dentro de cada vez mais organizações ao redor do mundo, direcionando essa tecnologia nos processos internos na busca por um maior lucro, destaque competitivo, e demais conquistas que elevem a imagem e reputação da marca em seu segmento. Ao invés de se tornar um apoiador fundamental nessa prosperidade, tenderá, na verdade, a engessar um planejamento realmente estratégico, assim como intensificar uma dependência tecnológica sem nenhuma geração de valor”, explica.

O papel da tecnologia no dia a dia

Em vez de substituir o pensamento crítico e a criatividade, a tecnologia deve ser vista como um copiloto, impulsionando a criação de produtos e serviços inovadores. É essencial entender como cada recurso funciona e como explorar seu potencial para melhorar o desempenho e a produtividade.

Além disso, Pierro recomenda diagnósticos periódicos nas empresas para avaliar a compreensão das equipes sobre o uso da tecnologia e identificar áreas de melhoria. “A gestão de conhecimento é parte fundamental para o máximo proveito de cada tecnologia, de forma que as equipes saibam como manusear soluções disruptivas entendendo seu papel como auxiliadoras, e não que substituirão o trabalho humano”, afirma.

Tempo de qualidade fora das telas

Outro ponto importante é o tempo de qualidade fora das telas. O excesso de tempo online pode prejudicar o poder criativo e agravar transtornos mentais. Quanto mais tempo de ócio desconectados, maiores as chances de ter ideias inovadoras.

Estratégia é fundamental

O especialista ressalta que o problema não está nas ferramentas digitais, mas na falta de entendimento e estratégia em relação a seus funcionamentos e aplicações. O futuro da inovação será definido por quem conseguir integrar a digitalização com a geração de valor.

A tecnologia é como o motor de um veículo, e a estratégia, o mapa. Sem o mapa, o motor apenas nos fará andar em círculos.

— Alexandre Pierro, especialista de gestão da PALAS

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