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Reforma tributária: tecnologia como aliada dos shoppings em 2026

Reforma tributária: tecnologia como aliada dos shoppings em 2026

A tecnologia se tornou uma grande aliada na transição tributária, e o setor de shoppings centers precisa se preparar para as mudanças que virão em 2026. Bosco Magalhães, fundador do Grupo EASE, explica como a tecnologia pode auxiliar na adaptação ao novo modelo fiscal.

A evolução da tecnologia nos shoppings

Durante anos, acompanhamos a integração gradual da tecnologia à gestão dos shoppings centers no Brasil. Antigamente, a ideia de um sistema em nuvem gerava resistência, pois o mercado preferia manter tudo sob controle direto, apesar dos custos e da falta de flexibilidade.

Hoje, a nuvem é um padrão. Sua eficiência e valor são amplamente reconhecidos, transformando gestões em modelos mais enxutos, conectados e confiáveis. Essa mudança de mentalidade é fundamental diante da Reforma Tributária, a maior mudança fiscal das últimas décadas.

Desafios da reforma tributária para shoppings

Com a implantação progressiva do IBS e da CBS a partir de 2026, todos os setores precisarão revisar processos e reformular sistemas. Para os shoppings, o desafio é ainda maior, devido à relação com centenas de lojistas, contratos diversos e a necessidade de adaptação cuidadosa às novas regras de tributação.

Fase de testes e simulações

A fase de testes, com o “ambiente de produção restrita”, permitirá que as empresas simulem a cobrança dos novos tributos sem impacto financeiro direto. No entanto, para que a simulação funcione, é essencial que os ERPs estejam prontos, as parametrizações fiscais adequadas e os cadastros corrigidos.

A CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) e o IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) substituirão cinco tributos atuais: PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS. A cobrança será feita no local de consumo, e os impostos não serão mais cumulativos. Isso permitirá que as empresas aproveitem créditos fiscais de forma ampla e direta, simplificando o sistema atual. Além disso, os tributos serão destacados na nota fiscal, aumentando a transparência para o consumidor.

É crucial antecipar esse movimento. Os gestores terão que se estruturar melhor, mapear processos, adaptar equipes, treinar contabilidades e atualizar sistemas ao longo de 2026 para estarem prontos em 2027. — Bosco Magalhães, fundador do Grupo EASE

Impactos práticos e organizacionais

A transição não será apenas fiscal, mas também organizacional, exigindo que os setores financeiro, fiscal, contábil e de TI trabalhem em conjunto. Na prática, será necessário revisar contratos de locação, alinhar modelos de cobrança com a nova lógica tributária e preparar relatórios gerenciais com base nas novas alíquotas e regras de crédito.

Além disso, é fundamental garantir que as plataformas estejam aptas a gerar notas fiscais com os novos campos exigidos. A falta desses ajustes pode comprometer o faturamento.

A tecnologia como diferencial

Assim como na implantação da nota fiscal eletrônica, do SPED e da LGPD, a adaptação ao modelo de IVA Dual brasileiro exigirá uma postura proativa. A Reforma Tributária não é um problema, mas sim um contexto no qual a tecnologia bem aplicada faz toda a diferença.

Olhe para dentro. Verifique se você tem as informações certas para tomar decisões, se seus dados estão integrados e se seus contratos estão preparados para lidar com novos tributos. — Bosco Magalhães, fundador do Grupo EASE

Se a resposta for negativa, não espere o final da fase de testes em 2026. A tecnologia está pronta, mas a decisão de se mover é fundamental. Quem se antecipa não apenas evita o prejuízo, mas também lidera o mercado.

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