A busca por compliance digital está transformando a economia dos eventos corporativos. Durante décadas, as contratações foram feitas sem clareza, mas a confiança agora exige comprovação digital. Empresas de todos os portes querem garantir que cada fornecedor atue com ética e segurança.
Compliance como ativo estratégico
Essa inquietação transformou o setor. Em vez de ver o compliance como barreira, empresas e plataformas o consideram um ativo estratégico. A Celebrar, criada em 2017 por Camila Florentino, é um exemplo desse ciclo. A empresa desenvolveu um sistema que conecta dados financeiros e contratuais de fornecedores, permitindo a verificação automática de regularidade e rastreabilidade de repasses.
Acreditar não basta mais. É preciso mostrar, com dados, que cada elo da cadeia atua dentro das boas práticas. Quando a relação é documentada e transparente, todos ganham: o contratante, o fornecedor e a reputação do setor — Camila Florentino, CEO da Celebrar
Além disso, um relatório da Deloitte de 2024 revelou que 70% das empresas com políticas ESG consideram a transparência na cadeia de suprimentos um indicador de risco reputacional. O estudo também aponta que a rastreabilidade digital de contratos e pagamentos é a tecnologia de compliance mais adotada no setor de serviços.
Impacto da digitalização e transparência
A padronização de processos reduz custos administrativos, acelera auditorias e formaliza o trabalho de pequenos prestadores. A Celebrar reúne milhares de fornecedores e empresas, combinando tecnologia e governança. A digitalização traz responsabilidade compartilhada, garantindo a confiança.
A transformação ética dos eventos corporativos também se reflete no comportamento empresarial. Gestores tratam pagamentos, contratações e logística como etapas estratégicas. O controle de cada detalhe tornou-se sinônimo de marca confiável.
Transparência não é discurso, é prática e está se tornando o verdadeiro diferencial competitivo — Camila Florentino, CEO da Celebrar
Projeções para o setor de eventos
Projeções da Allied Market Research indicam que o setor global de eventos deve movimentar US$ 2,5 trilhões até 2035. No Brasil, segundo ABEOC e Observatório do Turismo, o segmento já representa 13% do PIB de serviços e envolve mais de 330 mil empresas.
A CEO da Celebrar, Camila Florentino, explica que a força do setor vem da combinação entre tecnologia, dados e relacionamento humano. A startup automatiza 90% dos pagamentos via Pix API e já distribuiu mais de R$25 milhões a micro e pequenos fornecedores, mostrando como inovação pode democratizar oportunidades na cadeia de eventos.






