Com a sofisticação dos golpes digitais impulsionados por inteligência artificial, especialmente durante a Black Friday, o jurista e auditor de tecnologia Sthefano Cruvinel, que atua no Superior Tribunal de Justiça (STJ), alerta para o uso de deepfakes, automação e engenharia social por criminosos. Ele explica o que consumidores e empresas podem fazer para se proteger.
Aumento das fraudes no e-commerce
Dados da Equifax BoaVista apontam que o índice de fraude no e-commerce variou de R$ 971,85 a R$ 2.033,42 neste ano – um aumento de 109% em comparação com o mesmo período do ano passado. Além dos deepfakes, a automação também impulsiona ataques em larga escala: bots são usados para testar credenciais, validar cartões e manipular informações antes da execução de golpes maiores.
Hoje, vence quem tem mais dados, mais velocidade e maior capacidade de resposta. Ainda assim, mesmo com toda essa evolução tecnológica, o comportamento do consumidor continua sendo uma parte crucial da proteção.
— Sthefano Cruvinel, jurista e auditor de tecnologia
Dicas de segurança para consumidores
Cruvinel destaca que ações simples reduzem drasticamente o risco, especialmente durante o aumento das compras online. A ativação da autenticação multifator é uma das medidas mais eficazes, pois, mesmo que o criminoso obtenha a senha, dificilmente conseguirá acessar a conta sem o segundo fator. Além disso, é fundamental evitar repetir senhas em vários serviços, já que isso cria um efeito dominó quando algum dado vaza.
Black Friday: um chamariz para criminosos
Segundo a Associação Brasileira de Inteligência Artificial e E-Commerce, a Black Friday é um grande chamariz para criminosos. Somente neste período, a expectativa de faturamento é de R$ 13 bilhões no mercado brasileiro – um volume que atrai ainda mais atenção de fraudadores em busca de oportunidades.
Diante desse cenário, Cruvinel reforça a importância de redobrar a atenção e adotar medidas preventivas para evitar cair em golpes.
