Do rastro luminoso que cortou o céu de Minas Gerais em 1996 ao silêncio inexplicável do Lago de Furnas, o Brasil coleciona episódios que nunca foram totalmente resolvidos e alimentam o imaginário popular. O escritor Eduardo Bega explora esses mistérios em seu novo thriller, ‘Vale do Silêncio’.
A trama que mistura realidade e ficção
Estudioso de casos reais e de como eles se transformam em lendas urbanas, Eduardo Bega costura mistério, ciência e cotidiano com humor leve, criando a sensação de que o extraordinário pode surgir em qualquer cidade comum. Em ‘Vale do Silêncio’, ele reúne suspense, investigação e personagens carismáticos, tudo isso permeado por uma dúvida constante que acompanha o leitor até a última página.
A trama se inicia em uma cidade mineira, onde três luzes azuis mergulham no Lago do Silêncio sem deixar rastros. O fenômeno atrai curiosos, céticos e crentes, e é nesse cenário que Tony Campana, um professor inquieto, e Sarah Lence, uma cientista pragmática, unem-se a Vicente Martins, um repórter desacreditado, para investigar o evento. O trio acaba confrontando segredos que desafiam a compreensão da realidade.
Uma perspectiva brasileira sobre o mistério
Com uma escrita ágil e um olhar curioso sobre o desconhecido, o autor propõe uma leitura que vai além do suspense. A obra dialoga com a ficção científica e o realismo fantástico, a partir de uma perspectiva brasileira, misturando graça, improviso e o espanto cotidiano para explorar o que a ciência ainda não explica e o que a imaginação insiste em revelar.
O espaço subterrâneo se estendia como um templo escavado na rocha viva. Paredes irregulares denunciavam a origem mineral da mina, mas o contraste era imediato: dentro dela, salas perfeitamente acabadas, limpas, iluminadas por painéis difusos embutidos nas extremidades superiores. A fusão entre o bruto e o sofisticado parecia intencional — quase simbólica.
— Trecho do livro ‘Vale do Silêncio – O Enigma do Lago’
Reflexões sobre o desconhecido
Com ritmo cinematográfico e ironia sutil, ‘Vale do Silêncio – O Enigma do Lago’ transforma a busca por respostas em uma aventura sobre os próprios limites da razão. Mais do que abordar a vida extraterrestre, Eduardo Bega utiliza o humor para refletir sobre o fascínio humano pelo desconhecido e o quanto precisamos acreditar em algo para seguir adiante.






