A Photoroom, plataforma de edição de imagens com inteligência artificial, alcançou a marca de 300 milhões de downloads. A startup francesa, idealizada por Matt Rouif, se tornou referência global, oferecendo soluções para pequenos empreendedores aprimorarem suas fotos de produtos.
Como tudo começou
A história da Photoroom teve início em mesas de fast food, onde Matt Rouif reunia usuários para testar as primeiras versões do aplicativo. Atualmente, a empresa registra uma receita anual recorrente de US$ 50 milhões.
O objetivo inicial era simples: capacitar empreendedores a criar imagens de produtos com qualidade profissional. “As lojas migraram para o ambiente online. Nos marketplaces ou Instagram, uma boa imagem é a diferença entre uma venda e um scroll. Queríamos dar às pessoas comuns o poder de criar fotos com qualidade de estúdio com apenas um toque”, explica Matt Rouif.
Experiências anteriores
Antes da Photoroom, Matt Rouif trabalhou na GoPro e Stupeflix, onde desenvolveu sua visão sobre design acessível e escalabilidade. “Na GoPro, percebi o quanto era difícil limpar o fundo de uma imagem quando você não é designer. Eu queria ‘desmembrar o Photoshop’ para o dia a dia do comércio, isso é, remover o fundo, adicionar sombra, ajustar proporções, tudo em 30 segundos.”
A importância do feedback dos usuários
Matt Rouif e seu sócio, Eliot Andres, convidavam pessoas para almoçar em troca de feedback sobre o protótipo. “Precisávamos de reações reais. Era um fluxo constante e diverso de pessoas, e um incentivo simples. Fizemos isso tantas vezes que a segurança pediu para pararmos”, relembra.
Esses testes foram cruciais para identificar quem editava as fotos, onde as imagens eram usadas e quais eram as maiores dificuldades enfrentadas pelos usuários.
Posso usar isso para listar produtos mais rápido? — Usuário da Photoroom
A partir desse feedback, a Photoroom se consolidou como ferramenta de trabalho. Semanalmente, a empresa promove a “hora do usuário”, onde engenheiros e gerentes de produto entrevistam clientes para entender suas necessidades. Assim, funcionalidades como remoção instantânea de fundo e predefinições para marketplaces foram criadas.
Crescimento e investimento em IA
Com um modelo freemium, a Photoroom cresceu organicamente, impulsionada por tutoriais e recomendações espontâneas. Em 2023, a empresa atingiu US$ 50 milhões em ARR e ultrapassou 300 milhões de downloads em 2025.
“Desde o início, quisemos que a tecnologia se adaptasse às pessoas e não o contrário. A cultura de feedback constante nos ensinou a traduzir dados e comentários em decisões de produto. É isso que mantém a Photoroom evoluindo de forma humana e escalável”, afirma Eliot Andres, cofundador e CTO da Photoroom.
Atualmente, a Photoroom investe em inteligência artificial responsável, desenvolvendo modelos próprios para fotografia de produtos de alta qualidade. A empresa também colabora com fornecedores de imagens e fotógrafos profissionais para garantir a diversidade de conteúdo.
Olhando para o futuro
“Nos próximos cinco anos, queremos ser a agência criativa do comércio eletrônico, entregando imagens que vendem, com fluxos de trabalho automatizados e personalizados para cada negócio”, finaliza Rouif.
A história da Photoroom demonstra que inovação e empatia podem transformar o mercado, unindo tecnologia e humanidade.






