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Solidão no trabalho: como empresas combatem a crise de pertencimento

Solidão no trabalho: como empresas combatem a crise de pertencimento

A solidão, classificada pela OMS como ameaça global à saúde pública, impacta a produtividade e o bem-estar no trabalho. A empresária Shyrly Cristofoletti, fundadora do Grupo Lush, destaca a importância de abordar essa questão nas empresas.

O paradoxo da hiperconexão e a solidão no trabalho

Vivemos o paradoxo da hiperconexão, onde as interações digitais contrastam com a sensação de não pertencimento. De acordo com a OMS, 1 em cada 6 pessoas sofre de solidão crônica, o que se manifesta no trabalho através de retraimento social, medo de expor ideias e queda de engajamento.

Cuidar da equipe deixou de ser um diferencial: é uma questão de sobrevivência emocional e estratégica. Pessoas solitárias adoecem, produzem menos e sofrem mais, e isso afeta o negócio, mas principalmente afeta vidas.

— Shyrly Cristofoletti, fundadora do Grupo Lush

Sinais da solidão no ambiente corporativo

Líderes devem identificar sinais como retraimento, dificuldade em pedir ajuda e irritabilidade. Shyrly enfatiza a importância de observar os colaboradores como seres humanos, não apenas como funções.

Eu observo meus colaboradores como seres humanos, não como funções. Às vezes, um silêncio diferente, uma mudança de postura ou um isolamento repentino já dizem muito. Ignorar isso é negligência emocional.

— Shyrly Cristofoletti, fundadora do Grupo Lush

Impactos da solidão na produtividade

A solidão causa ansiedade, depressão, esgotamento emocional e conflitos interpessoais, impactando a performance. Um colaborador sobrecarregado emocionalmente não consegue entregar o seu melhor.

Um colaborador emocionalmente sobrecarregado não consegue entregar o seu melhor. E não é porque ele não quer, é porque ele não consegue. Por isso, eu sempre digo que resultados começam no bem-estar.

— Shyrly Cristofoletti, fundadora do Grupo Lush

Como combater a solidão nas equipes

A empresária Shyrly Cristofoletti propõe três pilares para combater a solidão nas empresas:

Construir ambientes de pertencimento

Pequenos rituais como conversas individuais, reuniões com foco na escuta, integração entre setores e valorização da troca de ideias são essenciais. Shyrly acredita que, quando o funcionário se sente importante, ele se conecta e cresce.

Treinar líderes para enxergar pessoas

A liderança emocionalmente inteligente é crucial. Líderes devem ouvir sem julgamentos, oferecer apoio, criar espaços de confiança e identificar mudanças de comportamento.

Líder que não olha para gente, perde gente. E hoje, perder talentos custa mais caro que qualquer treinamento.

— Shyrly Cristofoletti, fundadora do Grupo Lush

Criar uma cultura de diálogo e vulnerabilidade

Incentivar o diálogo não significa expor fragilidades, mas permitir autenticidade. Quando o líder se humaniza, a equipe entende que pode ser humana também.

O impacto da conexão humana nos negócios

A harmonia e integração da equipe são cruciais para evitar falhas e garantir a qualidade dos serviços. Shyrly reforça que, se as pessoas não estiverem bem, nada estará.

Nenhum evento nasce sozinho. São pessoas que criam, executam e entregam. Se essas pessoas não estiverem bem, nada estará.

— Shyrly Cristofoletti, fundadora do Grupo Lush

Atenção à juventude

Jovens são os mais afetados pela solidão, exigindo atenção redobrada. Muitos chegam com dificuldade de comunicação, medo de falar e baixa tolerância à frustração. É papel da empresa oferecer referências e acompanhamento.

Conclusão: responsabilidade empresarial

Combater a solidão é uma responsabilidade empresarial. Promover conexão, escuta e humanidade fortalece os times e o próprio negócio. Shyrly Cristofoletti resume essa responsabilidade ao afirmar que empresas são feitas de pessoas e, se elas florescem, a empresa floresce junto.

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