A temporada de fim de ano é crucial para o varejo, especialmente no ambiente digital. Entre Black Friday, Cyber Monday e as compras de Natal e Ano Novo, o consumo aumenta significativamente. Contudo, esse período também atrai ações criminosas.
Ataques cibernéticos: um risco crescente
Dados da Forter, plataforma de comércio digital, revelam um padrão consistente: as fraudes aumentam de 15% a 30% em comparação com o restante do ano. Quanto maior o tráfego, maior a probabilidade de tentativas de interceptar informações, enganar consumidores e explorar brechas nos sistemas.
Os ataques são multifacetados. Phishing e golpes via QR Code, principalmente em compras via PIX, são exemplos comuns. No entanto, muitas fraudes estão ligadas a falhas na infraestrutura de TI, como configurações incorretas na nuvem, permissões excessivas e recursos expostos, que abrem caminho para vazamento de dados e ataques de maior escala. Além disso, a vulnerabilidade estrutural facilita ataques de negação de serviço (DDoS), que sobrecarregam servidores e derrubam serviços essenciais em momentos de pico.
O sucesso da temporada de vendas está diretamente ligado a uma boa infraestrutura, que deve ser capaz de se proteger e responder rapidamente a ataques.
Lições da Black Friday e Cyber Monday
A Black Friday e a Cyber Monday foram testes de estresse. Agora, varejistas e equipes de TI devem avaliar o que deu errado, o que poderia ter sido feito diferente e quais falhas não puderam ser corrigidas. As medidas para mitigar vulnerabilidades devem ser tomadas imediatamente, pois o pico do Natal está próximo.
Checklist para reforçar a segurança digital
Rodrigo Lobo, COO da Edge UOL, propõe um checklist objetivo para preparar o varejo:
- Reforçar o monitoramento e a visibilidade, centralizando ocorrências e configurando reações para alertas críticos.
- Proteger pagamentos, revisando e reforçando sistemas antifraude financeira.
- Reexaminar as verificações de autenticação, principalmente em áreas sensíveis como painéis de vendas, ERP e portais de suporte.
- Higienizar a nuvem, fazendo uma varredura de recursos expostos, revisando políticas e escaneando imagens.
- Retomar treinamentos, mesmo que simplificados, para preparar os profissionais a reconhecer fraudes como phishing.
Juntamente com as medidas técnicas, a experiência do cliente é fundamental. Processos de compra longos, ausência de suporte e comunicações confusas aumentam chargebacks e insatisfação. Sendo assim, investir em clareza reduz os atritos que os fraudadores exploram.
Segurança não é apenas um escudo operacional, mas um elemento direto da experiência do cliente e da saúde do negócio. Quem investe agora em infraestrutura resiliente, processos afinados e decisões guiadas por inteligência de ameaças chega ao fim da temporada com menos sobressaltos e mais confiança.
— Rodrigo Rangel Lobo, COO da Edge UOL
À medida que o varejo avança para o pico natalino, investir em segurança digital é crucial para garantir o sucesso das vendas e a satisfação do cliente.






