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Capacitação blended: estudo revela tendências para o futuro

Capacitação blended: estudo revela tendências para o futuro

Um estudo recente da Qulture Rocks, realizado com 1.160 profissionais, revela tendências que prometem redefinir a forma como as empresas brasileiras abordam o aprendizado, o desempenho e o futuro do trabalho. O foco da capacitação, segundo a pesquisa, será intensamente blended, combinando diferentes métodos e tecnologias.

Cultura de Aprendizagem e Performance

O “Report Tendências em Educação, Desenvolvimento e Performance” analisou a fundo as forças que estão transformando o cenário organizacional no Brasil. A pesquisa envolveu profissionais de 11 segmentos econômicos, abrangendo desde grandes companhias até organizações de médio porte, com o objetivo de obter uma visão diversificada e equilibrada sobre o futuro do trabalho.

De acordo com o relatório, o aprendizado nas empresas brasileiras ainda está fortemente ligado à performance imediata, em vez de ser visto como um investimento no desenvolvimento de carreira ou sucessão. O aprimoramento de competências foi citado como o principal impacto percebido (20,8%), seguido por aumento de produtividade (15,3%), formação de lideranças (14,4%), melhoria da inovação (14%) e engajamento e satisfação das equipes (13,9%).

No entanto, a retenção de talentos aparece com um percentual baixo (7,2%), o que indica uma visão limitada sobre o papel estratégico da aprendizagem.

Parte das organizações continua entendendo cultura de aprendizado como algo que acontece em momentos específicos, como cursos ou jornadas formais. Na prática, a aprendizagem que realmente sustenta performance e evolução acontece no fluxo do trabalho, na experimentação, na colaboração. Criar uma cultura de aprendizagem é transformar o aprender em hábito, e isso depende diretamente da liderança.

— Rodrigo de Godoy, consultor em EdTech e Inovação

O Papel da Liderança e da IA

O estudo também destaca a importância da liderança nesse processo. Para 88% dos executivos C-level, oferecer acesso à aprendizagem e ao desenvolvimento é fundamental para concretizar a estratégia de negócios.

Se a cultura de aprendizado não for tratada como um pilar da cultura organizacional, com investimento, prioridade e presença na mesa onde as decisões são tomadas, ela não se espalha. Não permeia a empresa. Fica restrita a iniciativas isoladas, sem força para transformar performance e comportamento.

— Maiti Junqueira, Diretora de Solução de Desenvolvimento e Educação da Qulture.Rocks

Além disso, a pesquisa revela que 69,3% dos profissionais atuam em empresas que já utilizam Inteligência Artificial em alguma frente. Entre eles, 46,2% usam as ferramentas de IA com frequência, enquanto 53,8% o fazem apenas ocasionalmente, indicando desafios na fluência digital.

Entre as organizações que utilizam IA, 72% reportam aumento de eficiência, com líderes economizando mais de uma hora por dia graças à automação de tarefas. Para ampliar esses resultados, o estudo recomenda investir em letramento digital, revisar processos de trabalho e fortalecer uma cultura de experimentação e colaboração.

O uso acrítico da tecnologia pode reduzir a capacidade analítica e empobrecer o processo de aprendizado. É o que chamamos de ‘sedentarismo cognitivo’. A adoção precisa vir acompanhada de criticidade para que a IA gere valor sem comprometer habilidades humanas essenciais.

— Rodrigo de Godoy, consultor em EdTech e Inovação

O material completo está disponível no link.

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